Será que é amor? O que você acha?
É amor?
Será que é?
Ouvir dele quais são seus medos, receios, sonhos, aspirações.
Saber dos seus gostos, desgostos, planos e desejos
Ver a beleza que carrega, mesmo após ter passado tantos momentos de ombros pesados, de olhos cansados, marcado por situações que fugiram ao controle, à compreensão...
Chá pela manhã, vinho à noite de mãos que sempre acariciam
Ele que lembra tarde preguiçosa com chuva no telhado.
Toque de calma, tempo sem espera, entrega sem pressa.
Recolher e acolher o desejo derramado dos olhos que me enxergam sem véu.
Rir das conquistas que ele abraçou, conhecer o que, naquele rosto de todos os dias, abre o sorriso e faz cantar o coração.
Ele que cria fantasias de sonhos amarelos na minha mais real imaginação.
Saber de seus feitos, defeitos, contradições.
Tocar o que é dele, sem esconder o que me possui.
Mostrar o que o que sou, o que me assusta e o que me faz melhor.
Ele que me acolhe em braços gigantes e me diz que o que sou é suficiente.
Absorver seu rosto, seu corpo, seus anseios e sonhos.
Ele que é o sopro do vento da noite que vem me ninar.
Um sorriso gigante em meio a muitos dias e noites de trevas.
Ele, que levita, que se mescla, que me envolve e dança ao meu redor
Como um fogo ritual azul na mais perfeita sintonia.
Amor de muitas eras, quase perdido, reencontrado, sempre vivido.
Ele que busca em si mesmo, as respostas que ecoam em mim e que encontrei apenas nele.
Você que lê, o que acha?
Será que é amor?
E se não for?
Existe outro nome para tanto tamanho?
Acho que não.
Então, já sei a resposta.
Meu amor já mora em mim.