E por onde andas a nossa amizade?

Quase nunca te vejo, meu contato com você diminuiu bastante. Devo ter te decepcionado muito, é o que eu sempre faço com as pessoas que se aproximam de mim. Parece que tenho o dom de afasta-las.

Eu não entendo, você sempre deixou claro que a escolha era minha, que eu era a única pessoa que sabia o caminho que deveria seguir. Mas a minha decisão foi contrária a sua, e olha, você não está aqui como prometeu que estaria indepedentemente de qual fosse a minha decisão.

Sei lá, você sempre me deixou confusa, sendo tão serena é ao mesmo tempo tão enigmatica, acho que foi isso mesmo que mais me chamou atenção. O lance de você ter tanta coisa que mostrava e escondia. De parecer tão forte e frágil ao mesmo tempo, tão decidida e tão indecisa. Arrogante e tão doce. Calma e louca.

Você nunca me deixou te conhecer de verdade, mas me respondeu todas as vezes que eu te chamava, não ligava mas atendia se eu te ligasse, não mandava noticias sem que perguntasse, não dizim nada sem que dissesse primeiro.

Conseguia se autodefinir tão bem, sem ter nada claro em você.

Mas o fato é que eu te aborreci muito.

Porém queria te dizer que mesmo que não queira ou não faça mais nenhuma importância para você, eu sempre vou te levar comigo.

Porque não foi o teu lado humano e imperfeito que me conquistou, mas o lado que virá correndo a qualquer momento se eu gritar por socorro.

JÉSSICA ANDRADE
Enviado por JÉSSICA ANDRADE em 06/01/2012
Reeditado em 08/07/2024
Código do texto: T3425075
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