As travessuras de Aninha (25): Não se desespere
Por Ramon Bacelar
-Cavalinho toc toc, cavalinho toc toc...
-Ninha saia daí, vai acabar...
-Toc, toc, cavalhi...
-Amor não pise na...
-Toc... toc... uuuiii!!
-Ai meu Deus, não falei... Acabou de quebrar a cadeira novinha! O que eu vou falar pro seu pai. O que vou fazer agora!!!
-Procura o veterinário mamãe...Vrruuuummm!!! – disparou na moto sem pneus.
FIM
Posfácio:
Alguns leitores gostam, outros não, alguns ficam indiferentes enquanto outros não sabem do que se trata... Nem eu.
Não saberia precisar com exatidão o que a série de textos As Travessuras de Aninha realmente é, mas talvez saiba o que não é (pelo menos, de minha parte, não houve nenhum planejamento prévio nesse sentido): não é um romance episódico ou em capítulos, muito menos monólogos; não são mini nem nano contos.
Talvez seja um mosaico psicológico de situações, impressões, desejos, sonhos, decepções, frustrações, sentimentos, humores e sensações de uma criança tentando interagir com o mundo, colegas e pais; ou uma série de tentativas frustradas de pais despreparados tentando penetrar no prismático, porém secreto e misterioso universo infantil, ou um mero devaneio auto-indulgente deste que vos escreve, ou nada disso... ou...
As indicações numéricas não se referem a algum senso de continuidade cronológica ou narrativa; podem ser lidos e rearranjados, como em um lego, em qualquer ordem que desejarem, criando assim (quem sabe?) novos significados e interpretações.
Obrigado a todos os colegas que têm lido meus textos: comentando, perguntando, incentivando, criticando e elogiando.
Té mais.