A Morte é um Presente

hora sem fé e sem amor

fria

de incaracterística paisagem

de nevoeiro que a luz tenta romper

baldamente

hora da minha imagem

vazia

esbatida num charco enlameado

hora de mim mesma

ausente de corpo

e de alma

hora que passa

febril

com poente

toda sangue

hora da minha vida baça

do meu desencontro

da minha morte

PRESENTE

Isabel Fontes
Enviado por Isabel Fontes em 09/01/2007
Código do texto: T341557
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