A Morte é um Presente
hora sem fé e sem amor
fria
de incaracterística paisagem
de nevoeiro que a luz tenta romper
baldamente
hora da minha imagem
vazia
esbatida num charco enlameado
hora de mim mesma
ausente de corpo
e de alma
hora que passa
febril
com poente
toda sangue
hora da minha vida baça
do meu desencontro
da minha morte
PRESENTE