UMA CARTA AOS RECANTISTAS.
OLINDA , 30 DE DEZEMBRO DE 2011.
Queridos amigos do Recanto hoje eu não chorei.
Hoje, pela primeira vez em 24 anos, eu não me entristeci.
No dia 30 de dezembro de 1987, eu entrava em trabalho de parto,
as 11 horas de uma manhã ensolarada, na maternidade alexander fleming em Marechal Hermes bairro do Rio de janeiro, onde residia a pouco mais de um ano, em companhia do meu marido Josué. Elienai nasceu muito doente, desencarnou no dia 06 do 06 1988, nesse período vivi entre o hospital e minha casa no bairro de Ricardo de Albuquerque, onde morei por 22 anos e fiz muitos amigos.
Foi lá que encontrei o Grupo Espírita Principiantes de Boa Vontade, e graças a essa instituição consegui prosseguir embora com o coração em lágrimas, durante esses anos eu as derramei todo dia 30, de dezembro, muitas vezes tentando evitá-las, pois creio na sobrevivência do espírito, e consequentemente no reencontro. Mas nenhuma dor supera a perda de um filho. Eu buscava o trabalho com Jesus, os amigos, mas... Ano passado eu me lembro como se fosse hoje, falei em lágrimas para a minha colega de trabalho minha filha hoje faria 23 anos.
O nascimento do meu filho Juan, foi uma bênção mas o sentimento de perda era presente, em minha mente. Meu filho tem 15 anos, é um presente de Deus.
Em 2005 voltei a estudar concluindo o Ensino médio em 2007 com a ajuda de grandes amigas. Por vontade do meu esposo no fim de 2007 regressamos para Pernambuco nossa terra natal.
Em 2009 comecei a trabalhar e foi ai que encontrei uma pessoa muito especial em minha vida, eu sempre gostei de escrever, mas quase nunca falava a ninguém dos meus escritos, ou os mostrava a quem quer que seja, muitos se perderam, outros dormem em minha memória.
A pessoa especial que cito acima é a poetisa YSOLDA CABRAL, a quem tenho o prazer de servir, "cocacola e bolo" seu lanche preferido. Ysolda Cabral, é uma pessoa generosa que vê o ser humano com "olhos de poesia" foi assim que ela me viu. Ao me ver escrevendo pediu-me para ver, "não senhora, (senhora por uma questão hierárquica, Pois sou apenas a copeira) não é nada de mais, o que escrevo não serve para publicar. "Deixa eu ver rapaz, não se diminua tanto Verinha!"
Hoje eu estou aqui no Recanto! E vocês me receberam com muito amor!
Quero agradecer a Ysolda Cabral o incentivo as "dicas" que tem me dado o carinho e o respeito que me dedica quando se dirige a mim como poetisa. Ela não sabe o quanto no meu íntimo eu agradeço!
Mas minha carta tem também outra finalidade, a de me desculpar publicamente com outro poeta aqui do Recanto, a quem com certeza magoei, com alguma palavra ou frase, não importa, quero apenas que saiba que seu silêncio é a resposta que buscava.
Amigos somos mesmo uma grande família, e apesar de estar me despedindo definitivamente do Recanto, quero que saibam: EU AMO VOCÊS! E que família a gente nunca esquece! Feliz 2012! SAUDEPAZ!
OLINDA , 30 DE DEZEMBRO DE 2011.
Queridos amigos do Recanto hoje eu não chorei.
Hoje, pela primeira vez em 24 anos, eu não me entristeci.
No dia 30 de dezembro de 1987, eu entrava em trabalho de parto,
as 11 horas de uma manhã ensolarada, na maternidade alexander fleming em Marechal Hermes bairro do Rio de janeiro, onde residia a pouco mais de um ano, em companhia do meu marido Josué. Elienai nasceu muito doente, desencarnou no dia 06 do 06 1988, nesse período vivi entre o hospital e minha casa no bairro de Ricardo de Albuquerque, onde morei por 22 anos e fiz muitos amigos.
Foi lá que encontrei o Grupo Espírita Principiantes de Boa Vontade, e graças a essa instituição consegui prosseguir embora com o coração em lágrimas, durante esses anos eu as derramei todo dia 30, de dezembro, muitas vezes tentando evitá-las, pois creio na sobrevivência do espírito, e consequentemente no reencontro. Mas nenhuma dor supera a perda de um filho. Eu buscava o trabalho com Jesus, os amigos, mas... Ano passado eu me lembro como se fosse hoje, falei em lágrimas para a minha colega de trabalho minha filha hoje faria 23 anos.
O nascimento do meu filho Juan, foi uma bênção mas o sentimento de perda era presente, em minha mente. Meu filho tem 15 anos, é um presente de Deus.
Em 2005 voltei a estudar concluindo o Ensino médio em 2007 com a ajuda de grandes amigas. Por vontade do meu esposo no fim de 2007 regressamos para Pernambuco nossa terra natal.
Em 2009 comecei a trabalhar e foi ai que encontrei uma pessoa muito especial em minha vida, eu sempre gostei de escrever, mas quase nunca falava a ninguém dos meus escritos, ou os mostrava a quem quer que seja, muitos se perderam, outros dormem em minha memória.
A pessoa especial que cito acima é a poetisa YSOLDA CABRAL, a quem tenho o prazer de servir, "cocacola e bolo" seu lanche preferido. Ysolda Cabral, é uma pessoa generosa que vê o ser humano com "olhos de poesia" foi assim que ela me viu. Ao me ver escrevendo pediu-me para ver, "não senhora, (senhora por uma questão hierárquica, Pois sou apenas a copeira) não é nada de mais, o que escrevo não serve para publicar. "Deixa eu ver rapaz, não se diminua tanto Verinha!"
Hoje eu estou aqui no Recanto! E vocês me receberam com muito amor!
Quero agradecer a Ysolda Cabral o incentivo as "dicas" que tem me dado o carinho e o respeito que me dedica quando se dirige a mim como poetisa. Ela não sabe o quanto no meu íntimo eu agradeço!
Mas minha carta tem também outra finalidade, a de me desculpar publicamente com outro poeta aqui do Recanto, a quem com certeza magoei, com alguma palavra ou frase, não importa, quero apenas que saiba que seu silêncio é a resposta que buscava.
Amigos somos mesmo uma grande família, e apesar de estar me despedindo definitivamente do Recanto, quero que saibam: EU AMO VOCÊS! E que família a gente nunca esquece! Feliz 2012! SAUDEPAZ!