Carta IV

Agosto, já não faz parte de dias sombrios, não se mostra nos meus pensamentos conturbados como sem brilho e nem sem luz.

O que mais poderia desejar nesses dias que, vejo o brilho dos filhos e amores que me iluminam a vida, que me trazem o colorido das flores e os suspiros de paixões.

Ah! Quantas saudades... Quantas lembranças... Quanta felicidade...

Que tantos momentos maravilhosos.

Meu grande amor existe e ele esteve perto de mim.

Que felicidade! O fato de não estarmos juntos não diminui em nada a felicidade de tê-lo encontrado e principalmente de tê-lo reconhecido.

Não sei ao menos como pude ser tão branda, tão forte, tão comprometida com as pessoas que estavam envolvidas e seriam atingidas com a minha felicidade, não sei como superei meu egoísmo, minha individualidade só tem um nome pra essa força que tomou conta de mim desde então... Deus! Só ele consegue responder todas essas intermináveis e distorcidas perguntas e afirmações, às vezes até inúteis.

Há! Algo que me atravessa a garganta, palavras que travaram e não saíram, peço ter a chance de ser plena e livre nas minhas emoções. Pra que? Para que não tenha controle e possa falar o que esta vindo do meu coração sem os filtros da razão.

Saudades de vê-lo dormindo, sentindo seus braços a minha procura e sorrindo sonhando ao perceber que não mais sairei dos seus sonhos, mesmo sem lembrá-los, nossas almas não precisam lembrar elas vivem a cada dia. Agora vou adormecer com essas lembranças e sei que encontrarei minha metade do outro lado dos meus mais profundos sonhos, vamos andar de mãos dadas pela noite entre as estrelas e a lua, brincando e apreciando a chegada de Agosto.