H E R A N Ç A
já não ecoa a minha voz subtil.
não vejo a cor e as formas como via.
o peito arde-me em febre doentia,
que a vida me dá densas mágoas-mil.
embora o céu longínquo, ainda anil,
anuncie o raiar do novo dia,
a esperança é leve, vaga, fria,
neste mÊs cinzento de Janeiro