Os Dias do Encanto
(Para o Amigo Jacques Levin)
Estou há dias querendo homenagear meu amigo Jacques Levin e não encontrava uma maneira de fazê-lo. Hoje, depois de muito pensar, resolvi contar a vocês o que pude sentir desse amigo querido do Recanto através da sua obra editada cujo nome intitula essa singela crônica.
Eu já havia lido no perfil do autor que ele havia publicado um livro mas só algum tempo depois manifestei a intenção de adquiri-lo e então fui presenteada com uma obra deliciosa e prazerosa de ser lida. São crônicas especiais que retratam uma época onde as pessoas pareciam mais humanas... Os dias do encanto mesmo...
E o menino viaja em cada história com a maestria de quem compõe uma ária. Jacques o faz navegar em folhas de papel cujos dedos dedilharam tantos teclados e tantas idéias...
Primeiro, foi o Carniça que morreu tantas vezes que ninguém acreditou quando foi de verdade. Ele assustava o menino, mas tudo na vida tem seu final. Logo depois, esse mesmo menino cheio de coragem aceita o desafio de arriscar-se numa queda só pelo prazer da aventura... será que ele consegue atravessar a ponte? Criança não suporta mesmo provocação.
Aí é a vez de contar como as crianças do pós-guerra foram torturadas por não poder chupar uma chupeta ou mamar ao peito quando sentiam fome e junto desse prosaico detalhe alguns dias que não eram tão encantados mas fizeram parte da nossa história e por fim o preconceito contra os seres especiais que sempre farão parte da nossa existência.
Ah, essa é impagável! Só você mesmo Jacques para enterrar Carmem Miranda antes de Getúlio Vargas com tamanho charme, mas Einstein tocava violino desde os cinco anos, viu?
Viajei com o medo do menino de morrer sem nunca ter amado diante do fim do mundo...
E o desejo de velejar por águas nunca dantes navegadas? Aposto que o menino navegou mesmo e seus sonhos todos se realizaram diante dos seus olhos. E, depois, os dias do encanto, um estrangeiro passeando pela cidade num ônibus, redescobrindo toda a graça de se viver e toda a abstração que ela possui, inclusive no reino da ciência e a realidade de hoje que se repete desde o início dos tempos, antes mesmo do Código de Hamurabi ou da Lei de Talião.
E que menino não gosta de pescar? Seja ele de qualquer idade... Dificilmente ficaria em casa se houvesse uma pescaria programada. Ah, e o deslumbre do cinema pelas mãos dos irmãos Lumière... Melhor, cinematógrafo!! E os americanos querem roubar dos franceses esse triunfo... Coisas do capitalismo selvagem.
Mas o melhor de tudo é a sensação de liberdade sobre os telhados qual um gato vadio e o desafio de ser Mary Poppins por 15 segundos... a fama seguida da surra.
A frustração por não ter ido receber a seleção canarinho em 1958 e a experiência vivida em companhia da solidão... Os comedores de barata e arruaceiros de todos os tempos, a aventura na mata fechada, típica de meninos curiosos e sem juízo, a façanha no bonde... O roubo do banco da praça. A vitória do Santos ouvida num radio de carro enquanto a chuva lavava o estádio e a pseudo-vitória dos adversários, o salto do Carequinha que ninguém sabia dar melhor do que o menino e, por fim, a lição de que ganância nem sempre é o melhor caminho e pode frustrar muito.
Mas o menino passou por situações inusitadas, vivenciou, aprendeu, cresceu e virou um escritor cuja sensibilidade ultrapassa qualquer limite do imaginável.
Na verdade, meu querido amigo Jacques Levin, dias de encanto foram os que eu dediquei a ler sua obra cheia de conteúdo e graça!
07/01/2006
www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=9083
Jacques, ou Jax como você mesmo se autodenomina, foram momentos mágicos os que vivi lendo sua obra e depois o Melhor de Três... vi textos escritos com maestria por três seres lindos e repletos de sentimentos e pude conhecer um pouco mais de você também, esse ser fantástico que é... Obrigada por ter-me permitido adquirir seu livro repleto de encanto mesmo!!!
Beijos no teu coração.
(Para o Amigo Jacques Levin)
Estou há dias querendo homenagear meu amigo Jacques Levin e não encontrava uma maneira de fazê-lo. Hoje, depois de muito pensar, resolvi contar a vocês o que pude sentir desse amigo querido do Recanto através da sua obra editada cujo nome intitula essa singela crônica.
Eu já havia lido no perfil do autor que ele havia publicado um livro mas só algum tempo depois manifestei a intenção de adquiri-lo e então fui presenteada com uma obra deliciosa e prazerosa de ser lida. São crônicas especiais que retratam uma época onde as pessoas pareciam mais humanas... Os dias do encanto mesmo...
E o menino viaja em cada história com a maestria de quem compõe uma ária. Jacques o faz navegar em folhas de papel cujos dedos dedilharam tantos teclados e tantas idéias...
Primeiro, foi o Carniça que morreu tantas vezes que ninguém acreditou quando foi de verdade. Ele assustava o menino, mas tudo na vida tem seu final. Logo depois, esse mesmo menino cheio de coragem aceita o desafio de arriscar-se numa queda só pelo prazer da aventura... será que ele consegue atravessar a ponte? Criança não suporta mesmo provocação.
Aí é a vez de contar como as crianças do pós-guerra foram torturadas por não poder chupar uma chupeta ou mamar ao peito quando sentiam fome e junto desse prosaico detalhe alguns dias que não eram tão encantados mas fizeram parte da nossa história e por fim o preconceito contra os seres especiais que sempre farão parte da nossa existência.
Ah, essa é impagável! Só você mesmo Jacques para enterrar Carmem Miranda antes de Getúlio Vargas com tamanho charme, mas Einstein tocava violino desde os cinco anos, viu?
Viajei com o medo do menino de morrer sem nunca ter amado diante do fim do mundo...
E o desejo de velejar por águas nunca dantes navegadas? Aposto que o menino navegou mesmo e seus sonhos todos se realizaram diante dos seus olhos. E, depois, os dias do encanto, um estrangeiro passeando pela cidade num ônibus, redescobrindo toda a graça de se viver e toda a abstração que ela possui, inclusive no reino da ciência e a realidade de hoje que se repete desde o início dos tempos, antes mesmo do Código de Hamurabi ou da Lei de Talião.
E que menino não gosta de pescar? Seja ele de qualquer idade... Dificilmente ficaria em casa se houvesse uma pescaria programada. Ah, e o deslumbre do cinema pelas mãos dos irmãos Lumière... Melhor, cinematógrafo!! E os americanos querem roubar dos franceses esse triunfo... Coisas do capitalismo selvagem.
Mas o melhor de tudo é a sensação de liberdade sobre os telhados qual um gato vadio e o desafio de ser Mary Poppins por 15 segundos... a fama seguida da surra.
A frustração por não ter ido receber a seleção canarinho em 1958 e a experiência vivida em companhia da solidão... Os comedores de barata e arruaceiros de todos os tempos, a aventura na mata fechada, típica de meninos curiosos e sem juízo, a façanha no bonde... O roubo do banco da praça. A vitória do Santos ouvida num radio de carro enquanto a chuva lavava o estádio e a pseudo-vitória dos adversários, o salto do Carequinha que ninguém sabia dar melhor do que o menino e, por fim, a lição de que ganância nem sempre é o melhor caminho e pode frustrar muito.
Mas o menino passou por situações inusitadas, vivenciou, aprendeu, cresceu e virou um escritor cuja sensibilidade ultrapassa qualquer limite do imaginável.
Na verdade, meu querido amigo Jacques Levin, dias de encanto foram os que eu dediquei a ler sua obra cheia de conteúdo e graça!
07/01/2006
www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=9083
Jacques, ou Jax como você mesmo se autodenomina, foram momentos mágicos os que vivi lendo sua obra e depois o Melhor de Três... vi textos escritos com maestria por três seres lindos e repletos de sentimentos e pude conhecer um pouco mais de você também, esse ser fantástico que é... Obrigada por ter-me permitido adquirir seu livro repleto de encanto mesmo!!!
Beijos no teu coração.