Sabe, as circunstâncias da vida que escolhi me transformaram no que sou: poucas virtudes e tantos defeitos... que você conhece de cor. Tenho consciência que deixo passar oportunidades para dizer o quanto você é, foi e certamente será importante em minha vida. Outras pessoas chegaram perto do nosso patamar, mas não fincaram raízes e o tempo foi importante para me ensinar a não ser como elas, passageiras oportunistas.
Tenho em mim a capacidade de elaborar prosas e versos, compreender o mais ínfimo dos sentimentos humanos, porém se tratando de nós, me calo, me fecho como uma flor ao entardecer e de mim não ouve o que, talvez, gostaria de ouvir, para ter certeza de que considero muito sua pessoa.
Aqui, no banco dos réus do meu próprio tribunal, analiso os fatos e as circunstâncias, pondero as desculpas que trago em mim para justificar a omissão da minha presença e de todos os ângulos as evidências me condenam pelos atos que posso, mas recuso em transformar em gestos de carinho, levando-me a criar barreiras que me distanciam cada vez mais da pessoa que – entre tropeços e acertos, faz parte da minha história. Ao invés de ramalhetes, deixo à tona respingos de frieza e escapam palavras ríspidas.
Meu próprio tribunal já deu a sentença e de nada valem os versos que por ventura vier a decorar o mundo. A condenação é o próprio caminho que escolhi trilhar, que não me permite avanços maiores, pois me tornariam uma pessoa frágil e o mundo não gosta de pessoas frágeis...
Tenho em mim a capacidade de elaborar prosas e versos, compreender o mais ínfimo dos sentimentos humanos, porém se tratando de nós, me calo, me fecho como uma flor ao entardecer e de mim não ouve o que, talvez, gostaria de ouvir, para ter certeza de que considero muito sua pessoa.
Aqui, no banco dos réus do meu próprio tribunal, analiso os fatos e as circunstâncias, pondero as desculpas que trago em mim para justificar a omissão da minha presença e de todos os ângulos as evidências me condenam pelos atos que posso, mas recuso em transformar em gestos de carinho, levando-me a criar barreiras que me distanciam cada vez mais da pessoa que – entre tropeços e acertos, faz parte da minha história. Ao invés de ramalhetes, deixo à tona respingos de frieza e escapam palavras ríspidas.
Meu próprio tribunal já deu a sentença e de nada valem os versos que por ventura vier a decorar o mundo. A condenação é o próprio caminho que escolhi trilhar, que não me permite avanços maiores, pois me tornariam uma pessoa frágil e o mundo não gosta de pessoas frágeis...