Desabafo
Nem sei o que escrever de nós, as palavras me fogem como a minha vida também, finita vida que a cada dia me consome.
Ei você! Você ainda esta aqui?
E por que me sinto tão só?
Você me daria a resposta?
Será que foi eu quem te fiz assim? Ou você esta tentando exterminar os resquícios de amor que ainda tenho a lhe dar?
Lembra das poesias que eu escrevia tentando te descrever? De todo o sentimentalismo que eu teimava em declarar num papel tudo o que via em você?
Te pergunto: onde estarão aqueles papéis? Já sei, não responda...você não sabe.
Estou com fome de amor, de um abraço caloroso, um entrelaçar de mãos, um tomar sorvete em um banco de praça qualquer, do ardente desejo do gozo, da mão boba vagueando pelo meu corpo, das besteiras depositadas em meus ouvidos (será pecado?).
Neste vão momento o tenho distânte e tão perto e confesso que entro em pane.
Sabe o que é andar sozinha sem ter quem te acompanhar?
Sabe o que é acordar pela manhã e só ter o bom dia do passaredo a voar no céu azul?
Sabe o que é ter somente o sol que desponta no horizonte a entrar devagarzinho por minha janela para poder me abraçar?
Hoje estais absorto, perdido em teus problemas doando-se a muitos e esquecendo de cuidar do que ainda te resta.
Ei acorda!!! Pois o tempo é passageiro e não volta mais, não me deixe desfalecer a espera do teu amor, dos teus cuidados, eu ainda existo.
A chama apaga quando vem uma tempestade forte, os dias diminuem enquanto agente dorme, e o amor deixa de ser amor quando não se é cuidado.
Geiza Favacho