O Reencontro

Minhas pernas tremeram.

Na velocidade da luz eu pude sentir meu espírito sair de meu corpo e mergulhar no gelado mar da vagas lembranças assombradas pelo seu rosto, o meu rosto.

Atormentado pela dor relembrada, ele volta ao meu corpo e faz meu coração bater mais forte; é um sinal de alerta.

Medo. Desespero. Angústia. Brincam entre si em minha mente.

Você se aproxima cada vez mais.

Minhas pernas continuam a tremer, se elas pudessem tomar uma decisão independente, correriam, mas cairiam.

Por quê? Porque as coisas têm que acontecer dessa forma?

Eu já havia conseguido apagar sua imagem de minha mente. Não, eu nunca consegui. Fracassei nisso.

Eu olho para os lados procurando fugir, mas você já me viu.

Também parece tremer. Minha presença te incomoda, não?

Com sua amiga você se aproxima mais e mais.

Ficamos frente a frente; você está sem graça; eu estou desesperado, quero acabar com tudo isso.

Não há muito que se conversar. Tens sua vida nova agora.

Sua vida perfeita!

Tenho medo de estar passando qualquer reação que denuncie tudo o que sofri por você. Mas eu me tornei um excelente ator, estou sorrindo, mas por dentro não há alegria, também não há mágoa, mas desamor, por quem você é agora.

Você se despede...

Ahhhh... Por muito tempo desejei não acontecer este reencontro.

Denis Batista Santos
Enviado por Denis Batista Santos em 09/12/2011
Código do texto: T3380787
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