Uma carta para o Vagalume

Olá, vagalume, tudo bem? Espero que sim.

Sonhei com você na noite passada. Ah, não foi um sonho muito bom, mas ainda sim foi um sonho. Me fez refletir, sabe! Sonhei que você chorava, chorava muito, e eu não podia ajudar. Não conseguia, não conseguia te abraçar, nem secar sua lágrimas. Foi ruim, não conseguia dar a ajuda que queria, e que você precisava. Acordei!

Ah, mas é bem assim mesmo. Acho que não sou suficientemente seu amigo. Talvez eu até seja, mas continuo achando que não. Não me orgulho disso! Amigo. Ah, se ao menos eu fosse pra ti, um terço do que tu é pra mim. Quem dera. Amigo!

Afinal, você é vagalume, Vagalume! Pelo menos, meu vagalume é.

Obrigado por ser vagalume pra mim. Ah Deus, eu pedi para que iluminasse meu caminho, e usaste um vagalume? Obrigado! Vagalume que me ensinou a ter foco, me mostrou a luz, clareou meu caminho que estava imerso no breu. Me deu o que falta de discernimento e inspiração divina. Amigo!

Não só me mostrou o escuro, como me apresentou à ele. Me ensinou a não ter medo da escuridão, e encará-la. Logo eu, vagalume, logo eu que me achava a pessoa mais fraca pude ver o medo esvair na sua luz. Tá certo, te tenho como guia agora. Amigo!

Um dia quero ter uma luz assim, como a sua, ou talvez um pouco dela que seja. Ah, eu quero ao menos ser pra ti o que tu é pra mim. Me daria por satisfeito. Estou tentando! Não sei mais enxergar no escuro, sem luz, então por favor não se apague de mim.

Obrigado, Vagalume, por ser vagalume. Meu vagalume, amigo vagalume!

Afavelmente,

de seu amigo!

Lucas Vosch
Enviado por Lucas Vosch em 04/12/2011
Código do texto: T3371549
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