À MINHA DOCE AMIZADE
Minha doce amizade,
Sim. Parece que foi ontem nosso olhar mútuo e cúmplice.
De repente o que era uma brincadeira, ficou ainda mais gostoso de brincar.
Brincar com tuas gaiatices, tuas tosquices, tuas rabugices – sim, desculpe, mas não vou deixá-las de lado. Elas também fazem parte de nós. São minhas também.
Tentar adivinhar cada besteirinha nossa; querer saber um do outro; querer saber como foi aquele instantezinho ausente um do outro... Tudo isso é especial par nós.
O mais estranho é que nem precisamos estar grudados um no outro. Aqui, acolá, em cima, embaixo, acompanhados ou sós: nada disso importa. Sabemos que temos um ao outro, e há um respeito mútuo nisso.
Gosto de me sentir livre e percebo isso em ti também. Mas, de repente, sinto que estou “presa” a ti. Porém, com um querer estar nessa condição. Contradições, paradoxos... Talvez sentimento.
Então, é pra você que dedico aquele cartão que me encantou há mais de vinte anos - eu tinha 19 anos - e que ainda tenho guardado em minhas velharias. Ele apenas esperava por alguém que merecesse ouvir e sentir toda emoção que aqueles dizeres imprimiram em mim. Aquele cartão, já desbotado pelo tempo, mas que nunca foi apagado de minhas lembranças mais ternas, mais doces. Ainda o guardo aqui comigo.
E agora quero dedicar a ti estas mesmas palavras:
“A você que um dia iluminou a meu caminho com a luz do seu olhar, e projetou reflexos dourados em meu coração, desejo-te muitas felicidades!”
Finalmente, nos encontramos.
A ti, minha terna gratidão, minha doce amizade.
Tua sempre amiga.