Assim nascia a Saudade, quando Luiz então escrevia para Marie:

Querida, eu te amo, te amo tanto que já não tenho como dar força às minhas palavras para que tenham a mesma proporção e diametro do amor que tenho por você, mas te digo que amo você com todas as minhas forças, e com todas as forças que existem disponíveis no mundo, por que é delas todas que sou invadido quando estou contigo, e é delas que não me desfarço quando te imagine.

E me dói quando estais logo aqui do lado e estamos os dois ocupados, ou com o tempo diminuto. Me dói disto ver em qualquer casal, afinal, temos tempo pra tanta coisa, e damos pouco tempo a nosso amor, passamos quase 8 anos da vida dormindo, acho que na mesma proporção passamos brigando com pessoas, e dizendo-lhe chatices, e pouco, mais pouco tempo passamos do lado de quem amamos.

É desse mal, deste único mal que sofro quando olho pro lado e não te vejo, me entristece, me enlouquece o coração, fico intranquilo quando não estais ao meu lado, por outro lado, quando do meu lado, sou a melhor pessoa do mundo, por que eu estou perto da melhor delas.

E termino dizendo que está falta, é como engolir quilos de sal, me aparece uma sede de você aqui dentro de mim, latejante, e que aumenta progressivamente, como uma língua cortada pelo sal, sem falar no gosto que me causa, ou desgoto de não poder olhar nos teus olhos que mais parecem duas margaridas ao sol, radiantes e coloridas que não consigo deixar de ser hipnotizado, é, é mesmo deste mal que sofro, chamarei-o então assim, para que quando repitam por aí, você lembre de mim, e entenda o que é sentir saudade de você, de minha amada e adorada!

Clóvis Correia de Albuquerque Neto
Enviado por Clóvis Correia de Albuquerque Neto em 18/11/2011
Reeditado em 19/11/2011
Código do texto: T3342324
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