CORTESIA DO AMOR

Mergulharemos depressa quatro dias na negra noite;

Faremos escoar o tempo como num sonho.

De espada na mão te fiz a corte,

Tenho conquistado seu coração a custa de violência,

Mas quero desposar-te com musica de tom,

Com pompas, triunfos e festejos.

Prendas de amor comigo tu trocaste sob a luz do sol;

Cantaste –lhe canções com voz suave

E com versos de amor cativei as impressões da tua fantasia;

O meu coração furtou, mudou lhe a filial obediência em dura teimosia;

Não sei que força oculta lhe da tanta ousadia,

Nem compreendo como a minha modéstia me consente em defender minha causa em tua presença deixa de pretensão de opor os meus fracos títulos ao teu direito certo e indiscutível;

Não há maior inferno que olhos que se escondem do amor.

Tudo que brilha, sempre acabam em ruína e sempre contrariados foram os amores sinceros e que o próprio destino determina, desse modo que nos ensina a ser paciente com a nossa provação já que é desdita fatal dos enamorados, como os sonhos, pensamentos, suspiros, dores, lágrimas do pobre amor são companheiras certas eu juro pelo arco do anjo cupido, por suas setas de pena de ouro, pelo amor que uniu nossas vidas e confere amor pelas juras que todos os instantes fizemos, nos teus olhos encontrei a luz mais pura achei eu em tua voz melodia, com os teus encantos, com a tua voz e com o teu olhar como se o mundo fosse meu ficando eu fora dele caso conseguisse eu obter da tua beleza, a meiguice, porque sendo como és seu coração bondoso conquistou pára mim o paraíso quando não me encatara com o teu sorriso e como é terrível este fogo interno para assim transformar o céu em inferno.

Amanhã quando a luz prateada nas águas refletir cobrindo a relva de pétalas e encanto dando a selva hora mais propicia para o amor naquele bosque em que sobre canteiros de primavera instantes tão fagueiros passamos, atenuando com nossas confissões o ardor brando que eu e você sentia e que min’alma adora.

Como você a mim pode ser-me dedicado, transformando em ventura o teu cuidado o amor não vê com os olhos por isso é alado e cego é tão potente contente sirvo o meu príncipe meu senhor e sobre o relvado faço de seus círculos o traço as altivas primaveras e ela as adora deveras em meu dourado vestido de trançado muito perfume que o meu amado tem ciúmes nos olhos dele a luz mais pura por mais que de tudo seja indigna permita que eu te siga com mais modesto amor e o vosso amor não me é possível comprometeis demais o meu recato pra me entregar indefesa a um coração que faz timbre em não me querer e assim confiando-me as tentações da noite e aos maus conselhos de um quarto deserto o meu tesouro, a minha virtude, a minha segurança quando o teu rosto vejo deixa a noite de ser noite por isso não presumo que seja noite agora, nem me faltam mundos de companhia, porque serdes para mim o mundo todo como pois posso dizer que estou sozinha se o mundo todo agora me contempla, imã de coração endurecido Sou por vos atraído, mas de ferro não tenho o coração farás dele o teu querido terás o peito rendido como as setas de cupido se nossas almas o amor forte as liga a vivermos unidos nos obriga em meu leito, portanto me consente porque contigo sempre estou presente por cortesia e amor de mim.

Maxine Lyma
Enviado por Maxine Lyma em 08/11/2011
Reeditado em 11/11/2011
Código do texto: T3324344
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