NAVEGANDO AS ESTRELAS.

 

 

Imaruí, SC, 30 de dezembro de 2006.

 

 

Glauci,

 

 

Hoje eu vou entra no túnel do tempo e numa via sideral caminhar entre as estrelas, quem sabe, de repente, te encontre no meu caminho como uma estrela de grandeza “Alfa”.

Linda Aldebarã!

Tu és o meu obstinado destino.

Eu sei que entre nós a distância parece infinita, mas nada é impossível à força da imaginação e a magnitude desse amor.

Nessa viagem espacial e especial, perdido no intangível céu, as estrelas pressurosas expiar-me-ão cintilando nervosas com sabida inveja de ti.

Quando olhares para o céu á noite, verás uma estrela de cor avermelhada e saberás que sou eu.

É que o meu rubro coração se tingiu dessa cor, isso porque, o amor que te devoto abrasou os céus também.

Mas se me faltar o combustível quântico do amor e, não for possível essa viagem no espaço, navegarei os mares mesmo entre as ondas crispadas para te encontrar entre as sereias, cantando baladas sedutoras a minha espera para uma apoteose de amor.

Eis a minha sina louca, pois fui inoculado pelo soro do teu amor.

Mas, mesmo assim, eu prefiro as estrelas, porque elas são de domínio público, e se eu as vejo tu também as vês, e assim, os nossos olhares que eram perdidos acabam se encontrando no infinito.

Mas minha linda, antes que isso aconteça, tu poderias fazer-te estrela cadente e correr para o Sul, aonde me encontro postado só para ver-te cheia de luz.

Se não conseguires essa metamorfose, eu provocarei uma transmutação em minhas entranhas e me farei cometa, estacionando ao alcance dos teus lindos olhos para o teu deleite noturno.

Assim, nos atrairemos envolvidos por uma sinfonia sideral e, o nosso amor, será incandescente na evolução de um bailado melífluo de corpos e astros.

Após esse sídero amor, faremos a nossa morada na lua e, na vastidão da sua brancura eterna, teremos os nossos rebentinhos cometinhas atrevidos em estripulias lunares.

Esta divagação é somente para te dizer o quanto eu te amo e, para te dizer também que, doravante, em teu corpo estarão estabelecidos os caminhos de lua e os sucos prateados de galáxias.

Amar é uma loucura, na verdade, uma demência avassaladora que nos faz retroceder para uma adolescência mais maluca ainda.

O meu amor é adolescente e sem juízo, mas eu gosto, porque todo o amor para ser verdadeiro tem que ser sem juízo.

Se te amo é desnecessário dizer.

Pois, eu já te disse hoje pela manhã: Adoro-te! Amo-te, confesso!

Por isso, eu vou abismar todos os meus sonhos e os meus desejos em tua vida.

É indestrutível o meu amor por ti!

Por isso, eu tenho a certeza que não morrerei lentamente.

As nossas almas se entrelaçaram novamente, e assim, partiremos rumo ao inescrutável Norte, o destino irrecusável de todos nós.

Fim do ano 2006!

Como eu te amei neste ano!

E nos vindouros amar-te-ei muito mais!

 

Eráclito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 30/12/2006
Código do texto: T332216