SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

Hoje o "prédio da UNESP" é um conjunto de salas usadas pelo estado nos mais diversos departamentos: saúde, transporte... Por esse espaço passaram mulheres de oração vestidas de branco, militares de botas de couro preto e adolescentes que mudariam o mundo. Eu estudei ali e o mundo ainda não era "conectado" da mesma forma como o é hoje. a conexão era outra, falamos de Marx, de Leste Europeu e no filme Sociedade dos poetas mortos. Nossa sociedade dos poetas mortos, das lembranças reprimidas, dos desejos transgreditos. Nossa sociedade de colunas tortas, telhados de vidro e armações de concreto. Nossos vitrais multicoloridos que filtram toda luz criando imagens distorcidas de uma santidade impossível, de uma loucura bendita e de um mundo interior a ser descoberto. Quantos mares, quanta vela. Menos metal e mais núvem.

Escrever parece que é algo assim, vem aos galões que você despeja. Depois que o leite é derramado a sensação de fome desaparece, e então fica-se a espera de algum arrependimento, de alguma desesperança, de um qualquer de dor...

Tenho dado conta de que escrever com quantidade de caracteres estipulado pela "máquina" tem efeito sobre como escrever. O tempo da leitura é caro demais para ser ignorado e, como mineiro de alma que "soul", sigo por toda a mina, à procura das gerais.Escrever talvez seja uma forma de chorar.

Ou de sorrir!!!!!!!

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 02/11/2011
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