Dois anos de poema
O que o amor me deu do invisível,
Está pousado feito embrião na cama do útero,
Submerso pela luz que aflora da serenidade do amor.
É simples, é doce, calmo e sincero,
E vai desabotoando as tardes,
Trazendo-me o último raio de sol
Que tocou a tua pele delicada.
Pendurei em mim o colar da saudade,
Senti nossos caminhos em meus lençóis,
E percebi o eco de uma certeza estelar ,
De que, nossos sonhos vinham de um mesmo astro.
Tua cálida cor de branco de papel
Feito aqueles nos quais me deste de presente,
A poesia lançada em meu peito
Covardemente, pelas armadilhas do amor,
Ascende um desejo impresso em meu peito,
De formar geometria com teu corpo
Quando percebo que tu vens a estar ao meu lado sempre,
Sinto em mim, o impacto da rocha
Que se encontra nas funduras da terra,
E a simbiose se torna irremediável.
Eu estou dentro de ti, assim como estás em mim.
E compartilho essa sensação feroz,
De quem ama intensamente o ser de palidez rosada,
Que desfigurou as cores do sol,
Para me proteger dos raios mais fortes
Trazendo-me as tardes de crepúsculos morninhos.
Amo-te.
Amor, esse é nosso poema de dois anos!
Espero, construir vários e vários anos de poema com você!