Cadê a Nação?
Depressivo, eles me chamarão! Pessimista, ignorante, covarde e egoísta! Estas serão as palavras dos meus carrascos, daqueles cujo destino já está traçado. Mas eu não me negarei a ser como sou por mais um segundo. Não! Esta não é uma carta de suicídio, pois suicidas são pobres almas que nada tem a dar para este mundo. Eu tenho uma vida inteira para produzir coisas maravilhosas, e produzirei.
Estou triste não só por mim, entretanto aqueles que sós não podem lutar, quais a vida lhe pregou tantas peças e não estão aptos a enxergar a verdade. Meu patriotismo não vale de nada já há algum tempo, tenho olhos desgostosos para meu país e prefiro dizer que sou humano, sou terrestre, a dizer que sou brasileiro.
Dizem por aí que os brasileiros não desistem nunca, porém, creio assim, nós nunca tentamos como nação, há sim aqueles que solitariamente vencem, contudo, como podemos nos analisar coletivamente? Os que aqui vencem, vencem como pessoas, como homens. A última vitória coletiva desta nação foi a queda da ditadura, mas antes a ditadura política do que a ditadura do “lesco-lesco”, do funk, do “brou”, do traficante e/ou miliciano.
Odeio castigar meu verbo criticando, porém será que vamos a qualquer lugar? Será que é isto que chamamos de país?
Crescemos economicamente sem crescer culturalmente. Formamos moribundos, nas nossas universidades, para lutar sem causa, lutar por um país iludido, perdido em seus próprios descasos. Aceitamos o esterco da Europa, pois já somos um depósito de lixo, aceitamos o corrupto e se alguém não é, nós caçoamos do mesmo fazendo-o acredito que “isto aqui é BRASIL mesmo”.
É mais fácil dizer ao próximo que não tem jeito do que apoiá-lo e juntar-se a ele. Do que me adianta ter um canudo na mão e dignidade no chão? Não gosto de ser mais um no trem, no ônibus ou metrô. Não quero e não serei uma cabeça de gado, porque gado não pensa, apenas faz o que lhe é forçado!