Japeri, 25 de outubro de 2011.
Querido leitor e amado meu.
Mudei de endereço domingo, mais uma vez, entre tantas, desde que saí da casa de meus pais em 1977, ano em que me casei.
Fui casada 11 anos e 357 dias e nunca tive casa própria. Após a separação e divórcio priorizei a educação de meu filho e não adquiri imóvel.
Faz oito anos que o filho se casou e ainda não havia pensado nisso.
Agora na última mudança, comecei a cogitar essa possibilidade.
Assim penso eu, da minha casa, só saio se desejar.
Esbarro agora num entrave das compras de imóveis. Financiamento só com 20% do valor na entrada.
Fico ensismemada. Se comprar um carro, consigo sem entrada. Uma casa não?
Escrevo esta cartinha para desculpar-me pela ausência com os fiéis leitores e para deixar registrado ao meu amor, minha partida.
Amado meu...
Não me procure mais no antigo endereço. Lá estão apenas as lembranças impregnadas dos risos e momentos desfrutados com intensidade inenarrável. Muitas cenas ainda estão aqui, em meu novo endereço, pois são teimosas e me acompanharam.
Nessas mudanças perco um pouco minha identidade.
Nômades como eu passam, caminhando e deixando atrás de si rastros de vida.
Um abraço impreciso e incerto, repleto de ternura, assim, tal qual minha vida...
Querido leitor e amado meu.
Mudei de endereço domingo, mais uma vez, entre tantas, desde que saí da casa de meus pais em 1977, ano em que me casei.
Fui casada 11 anos e 357 dias e nunca tive casa própria. Após a separação e divórcio priorizei a educação de meu filho e não adquiri imóvel.
Faz oito anos que o filho se casou e ainda não havia pensado nisso.
Agora na última mudança, comecei a cogitar essa possibilidade.
Assim penso eu, da minha casa, só saio se desejar.
Esbarro agora num entrave das compras de imóveis. Financiamento só com 20% do valor na entrada.
Fico ensismemada. Se comprar um carro, consigo sem entrada. Uma casa não?
Escrevo esta cartinha para desculpar-me pela ausência com os fiéis leitores e para deixar registrado ao meu amor, minha partida.
Amado meu...
Não me procure mais no antigo endereço. Lá estão apenas as lembranças impregnadas dos risos e momentos desfrutados com intensidade inenarrável. Muitas cenas ainda estão aqui, em meu novo endereço, pois são teimosas e me acompanharam.
Nessas mudanças perco um pouco minha identidade.
Nômades como eu passam, caminhando e deixando atrás de si rastros de vida.
Um abraço impreciso e incerto, repleto de ternura, assim, tal qual minha vida...