Sem endereço
Não sei de onde vim, mas sei que dia é hoje, também pra onde vou.
Incomparável momento de bem estar,
Acordei com imensa necessidade de lhe compartilhar, o meu frenesi , a minha desesperadora vontade de gritar. Estou freando o louco desespero na garganta, para confessar e descortinando o meu passado sem saber o impacto que terá. Quero lhe confundir com meus confusos pensamentos ou meu sincero poetar. Mas cada martelada no teclado confessa o conhecimento eletrônico autodidata e as palavras construídas com sentimentos, as vezes bom humor, outrora em defesa do mundo, seres vivos proclamando o amor. Gostaria de potencializar o intelecto ou minha sobriedade. As vezes ou milhares, me vejo no delírio do surto da alma ,quando a miragem dos momentos pérfidos e doídos refletem como flash da saudade ou da agonia implorando o esquecimento. É estarrecedor conviver com o sofrimento, com a mágoa e não poder arrancar com raízes o vivido. Mas também é saboroso relembrar segundos de prazeres perseguidos por horas, momentos almejados por ponteiros pujantes do relógio da vida. Eu tinha que lhe falar sobre todos os momentos retratados em minha memória insana, febril e apaixonada que redescobre a felicidade e hoje tenho convicção do passo a passo a ser construído entre escombros ou em fértil e virgem solo. Não há preço para debitar ou creditar, basta acordar dia a dia e valorizar os segundos do seu respirar. Já fiz milhões de viagens insólitas e surreais querendo habitar nos corações dos homens, dos animais, insetos invadindo o espaço dos espíritos. Construí do sonho, asas imaginárias onde fazia voos rasantes entre os planetas galáxicos admirando a via láctea. Conheci o profundo do mar , conseguindo auto sustentar sem ajuda artificial. Enfim percorri a terra, o céu e o mar não sei se no surto, nos sonhos ou desejos. Mas fico completamente convicta de que o agradecimento Àquele que nos deu a vida também precisa ser infinito.
Registro no final dessa partilha, sinceros agradecimentos a você que me ouviu e não pode e não teve oportunidade de me retrucar ou concordar com meus devaneios.
Poeticamente sincera,
Assinado:Vivendo cada segundo como se fosse o último