Ao meu mestre, com carinho!
Professor Licurgo,
Você é tão meu amigo que cheguei a esquecer do detalhe de que é um professor maravilhoso. Nunca irei esquecer o significado que você deu às citações dos nomes dos autores em trabalhos acadêmicos e guardei a minha imagem do momento que estou vivenciando: Eu, andando de mãos dadas, ainda muuuuuito pequena, com Castell, Bernal, Angotti, Licurgo, Selwyn, Pretto NL, Belloni ML e outros mestres e doutores, em um caminho loooongo e desconhecido. A imagem, aos poucos, vai se modificando. Alguns mestres soltam a minha mão à medida que percebem minha segurança em determinados assuntos. Outros me seguram firmem e chamam minha atenção pela estrada, mostrando pontos ainda não vistos; outros dizem que estou querendo ir por um caminho mais longo ainda ou que estou fugindo para outras direções.
A menina cresce. Ao longo da estrada, já converso com os mestres, gesticulando, apontado e citando um e outro, concordando, discordando, fazendo caras e caretas.
Quase sou eu! Mesmo assim, apoio uma de minhas mãos no ombro de um mestre-doutor que admiro mais. Aquele que descobri no grupo durante a caminhada e com quem constantemente discuto minhas dúvidas e descobertas. Estou quase grande, mas nunca sozinha.
No caminho, sempre encontro gente amiga para trocar ideias. Digo as minhas e saio com as minhas e mais as dos outros e uma nova ideia surge assim, de repente, uma ideia bem diferente, novinha em folha! Agora, sou eu e muitos outros que falam em mim. Já nem sei quem fala em minhas palavras, pois em mim, moram todas as palavras dos meus mestres-doutores, os mesmos que um dia me deram as mãos e me ensinaram o caminho do aprender.
Querido Licurgo, nunca vou esquecer que estive de mãos dadas com você ao iniciar minha jornada!
Um beijo, amigo!
Quero sempre sua companhia neste caminho sagrado do aprender!
Luciane Deschamps