À minha mãe
Mãezinha, sei que estás bem aí no seu recanto a pensar nos filhos e afazeres que se tornaram poucos mas justos pelo quanto fez.
Sei que não tenho o tempo de atenção que merece, nem preciso dizer o porque, que seria repetitivo demais por tanto que já disse.
Muitas vezes, pode até achar normal, outros não, nem que digam, poderia deixar de lhe dizer, que o colo que me deu a tanto, por tanto ainda quero ter, principalmente seguido de um cuidado bobo, afago quente no pouco cabelo que ainda tenho, seria remédio, estenderia em décadas o meu tempo de vida.
Na cozinha, seu estilo brilha, faz delícias invejáveis da sua tradição e descendência, bom demais relacionar e lembrar, comer nem se fala, que maravilha ainda tê-la, por tanto e poder descrevê-la, sua braveza ainda vem, sua fragilidade é o que me detém, paro e penso contemporizo, aceito, que tudo é pro bem.
Minha lindinha, eu te amo, me entende e me convém, sem proveito e abuso, dos que penso ter, normais e atemporais, pois mesmo que me falte um dia, é e sempre será minha sagrada escritura, de doçura e de postura.
Se eu lhe faltar, na regra, lhe deixo este agrado, menor que o tanto tenho a lhe descrever. Se conforme, estou completo, pleno, repleto de gratidão por ter tido a chance de ser um dos filhos do bem.