Querido meu...
“Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pode haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.”
E assim ao som de teu riso e embalada por palavras da crônica, maravilhosa crônica ”Despedida” de Rubem Braga, despeço-me por hoje.
Saudade é reviver. É realimentar a dor que sinto e entender que é assim: ora colorida, ora esmaecida... Vida!
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****PS
Despedida
Se por acaso, meu amor
a mim voltasses
eu te diria - meu amor-
já não te quero!
porque feriste
minha alma sonhadora
porque pisaste
nos meus sonhos
de menina!
Doroni Hilgenberg 11-06-09