Cata ao Céus
Caros amigos Serafins, Querubins e afins
Desde já insisto em lembrar que não venho a pedir nada
Alguns lembretes talvez ou;
Nada a não ser um pouco de atenção para quem quase nunca é lembrado.
Ou até mesmo não sei do que queria saber.
Nada a não ser um pouco de explicação
Explicação a quem quase nunca tem uma para viver
Nada a não ser um pouco de sentido
Sentido esse a quem quase nunca se sentiu fazer parte do não sei o que.
Nada a não ser mais um pouco de perdão
Perdão aqueles que foram condenados a predestinação do sofrimento
Perdão aqueles que não perdoam por amar demais
Perdão aqueles que não tiveram nada e foram tomados pela inveja
Perdão aqueles que tiveram demais e não souberam o que fazer
Onde estavam vocês nessa hora?
A que vieram aqui?
Por que insistem em me fazer acreditar?
Mesmo não entendendo não quero a morte; Acho que me fizeram acreditar!
Sempre me senti culpado, enquanto o certo era me sentir seguro
Sempre me cobrei por não conseguir o que foi imposto por não sei quem
Sempre me senti inferior por não consegui o que é valorizado
De quem é essa culpa
De quem é essa dor
De quem é esse amargo que nunca sai de minha boca
Por que me tornastes um guerreiro e não me explicas o sentido da guerra
Para que tenho que lutar
Por quem tenho que lutar
Porque sempre me colocastes tão próximo da morte e me ensinastes a valorizar a vida
Porque ensinastes amar se apenas um não se completa e a dor fica
Não quero respostas, seu silêncio me basta.
Más se caso vocês insistirem em comover-se; Traga a de volta!
Sei que talvez eu esteja dominado pelo meu egoísmo
Mais me sobra o mais doce e sinceros de todos os sentimentos
O amor