Cata ao Céus

Caros amigos Serafins, Querubins e afins

Desde já insisto em lembrar que não venho a pedir nada

Alguns lembretes talvez ou;

Nada a não ser um pouco de atenção para quem quase nunca é lembrado.

Ou até mesmo não sei do que queria saber.

Nada a não ser um pouco de explicação

Explicação a quem quase nunca tem uma para viver

Nada a não ser um pouco de sentido

Sentido esse a quem quase nunca se sentiu fazer parte do não sei o que.

Nada a não ser mais um pouco de perdão

Perdão aqueles que foram condenados a predestinação do sofrimento

Perdão aqueles que não perdoam por amar demais

Perdão aqueles que não tiveram nada e foram tomados pela inveja

Perdão aqueles que tiveram demais e não souberam o que fazer

Onde estavam vocês nessa hora?

A que vieram aqui?

Por que insistem em me fazer acreditar?

Mesmo não entendendo não quero a morte; Acho que me fizeram acreditar!

Sempre me senti culpado, enquanto o certo era me sentir seguro

Sempre me cobrei por não conseguir o que foi imposto por não sei quem

Sempre me senti inferior por não consegui o que é valorizado

De quem é essa culpa

De quem é essa dor

De quem é esse amargo que nunca sai de minha boca

Por que me tornastes um guerreiro e não me explicas o sentido da guerra

Para que tenho que lutar

Por quem tenho que lutar

Porque sempre me colocastes tão próximo da morte e me ensinastes a valorizar a vida

Porque ensinastes amar se apenas um não se completa e a dor fica

Não quero respostas, seu silêncio me basta.

Más se caso vocês insistirem em comover-se; Traga a de volta!

Sei que talvez eu esteja dominado pelo meu egoísmo

Mais me sobra o mais doce e sinceros de todos os sentimentos

O amor

Ferdinando Tropick
Enviado por Ferdinando Tropick em 20/09/2011
Reeditado em 06/03/2012
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