Entreguei-lhe meu coração e ele se apoderou dele, destroçou-o e, depois, o devolveu.
Sabe quando você olha pra outra pessoa e sabe que se ela te conhece bem veria que você é a pessoa que ela escolheu pra envelhecer junto e que vocês seriam muito felizes? Sempre achei que bastava você se dar bem com a outra pessoa, que o resto poderia ser chamado assim: resto! Infelizmente, constatei na prática que esse entendimento é requisito básico, mas não resolve tudo. Ter alguém, estar com alguém é algo complicado, e de nada adianta você só gostar, tem que estar disposto a se envolver, abrir mão de algumas coisas... Mudar, não totalmente, mas ao menos um pouquinho em função do outro. Você já reparou como as pessoas são egoístas, querem que o outro mude, mas simplesmente nem pensam se o seu modo de agir é o correto.
O fato é que é preciso pensar muito bem a quem entregar seus desejos, vontades, com quem compartilhar defeitos e virtudes, para quem dar o seu melhor, na medida do possível e até do impossível, com quem criar projetos, elaborar etapas futuras para uma vida, que a princípio se mostra promissora e animadora, mas que de repente pode mudar com um único telefonema.