Carta a um amigo!
Luiz meu amigo!
Todos os e-mails que você me envia, eu os leio com bastante atenção. Só quê... Os meus ouvidos aos longos dos anos, se fizeram surdos, para todas as linhas políticas empregadas no passado e hoje, ainda vigente.
A minha verdade. No momento não é a sua! Nem a sua é a minha! A realidade do mundo em que vivemos, não mudou nada! Os historiadores nos contam, que as guerras existem e deflagram-se desde dos primórdios da civilização. E já naquela época os interesses já se perpetuavam, no recôndito de cada nação, de cada tribo, de cada pais e dentro de cada palhoça.
A constante infelizmente é a mesma. É como um rio caudaloso que corre na mesma direção e no mesmo leito. Os métodos são empregados e afinados hoje, aos interesses de cada governante. (Quer no Brasil ou em qualquer um outro lugar do universo, os acertos e conchavos são os mesmos!). Os métodos são sempre ressaltantes e com atualizações, somente para eles e toda a sua comandita. Ao longo do tempo a única coisa para a qual os meus ouvidos ainda não se fizeram surdos. Foi para a tecnologia que avançou e avança lindamente, para dar maior conforto aos seus usuários. Sem que enxerguemos. O que há também escondido, por traz da nevoa que não nos deixa ver. (ACREDITE: INTERRESSES MUTUOS). Portanto: Meu caro Luiz! Eu resolvi viver os restos do tempo que ainda me resta de vida. Da melhor maneira que eu possa viver. Quando eu tinha o teu tempo de vida. O tempo, que tens hoje! Confesso
piamente! Que também me desgastei muito. Já naquele tempo, eu me fazia perguntas que ainda hoje, não obtive as respostas que preciso. Finalizando, fico triste em ter que reportar para um homem como você, dotado de uma cultura bastante altruísta: Que tudo continuara inalterado e dentro dos mesmos exemplos. Somente com algumas modernizações! Mais sempre em beneficio próprio. (CLARO HAVERA SEMPRE UM ENGODO PARA OS QUE TRAFEGAM NA CONTRA MÃO DA VIDA!). “Tudo já está nas enciclopédias e todas dizem as mesmas coisas” (Mário de Miranda Quintana).
Guarde o que escrevi hoje. E leia daqui a uns trinta anos.
(Por favor,! Não coce a cabeça!).
Viva! Viva! Viva!
No momento é o mais importante!
Amanhã! Não sabemos, se estaremos aqui!
Um abraço.
José Lopes Cabral.
Nilópolis, 17/09/2011.
Vagam pelas ruas
míseros corpos
desnutridos.
Alimentados por restos
que catam nos monturos.
Tétricos cenários
a emoldurar os dias.
Que seguem formando
caravanas de desgraçados.
Pobres...
Famintos...
Enlodados...
Infelizes...
No dicionário não encontrei
palavra que pudesse
definir tão negro espaço
cênico.
Na escuridão das noites.
Amontoados adormecem
sobre os lajeados frios
das calçados.
Enroscam-se em cobertores
ralos.
Na tentativa de fugir
do frio e de aquecer
o corpo gélido.
Dormem o sono dos miseráveis.
Enquanto dorme aquietam
a fome.
Em seus olhos lúgubres.
Escarnecem o presságio
da realidade da qual
não podem fugir.
Marcados pela sina,
do destino trôpego.
Definham-se, enquanto
aguardam a MORTE!
Nilópolis, 28/07/2000.