As cartas de amor que ainda guardo...

Guardei as cartas que me escreveste, nelas estão escritas tantas juras de amor. Cada uma delas representa o nosso amor. Cada uma delas tem uma lembrança inesquecivel:

A nossa amizade que começou desde que nascemos;

As brincadeiras de criança na rua, acompanhada pelos olhares atentos dos nossos pais, que ficavam na varanda a olhar;

Eu a única menina metida em jogar futebol, enquanto era quase que impedida pelos outros meninos e você tão protetor exigindo o meu lugar no teu time;

Nossos banhos de rio vindos com uma guerra de lama, você me acertando e se desculpando, equanto eu fazia a maior cena;

Nossas brigas que nunca foram de verdade;

Nosso primeiro beijo que foi tão sem jeito;

Cartas que revelavam o que tinhamos vergonha de assumir.

Todos os nossos momentos estão gravados não só em cartas, mas na minha memória.

Guardo as cartas que trocamos. Cartas que mostram uma amizade única, escondendo um amor que nasceu a medida que descobriamos o que era amor.

Cartas que eu desejei rasgar para apagar cada vestigio seu em mim. Cartas que eu tive medo de queimar para sempre ter uma lembrança tua. Cartas que não estão a penas gravadas no papel. Eu poderia rasga-las, joga-las fora, queima-las, elas continuaria intactas em mim.

Eu me enganei quando achei que com a distância apagaria você do meu coração. Mas aquelas malditas cartas guardadas ao lado da minha cama não me deixam te esquecer. Às vezes pedem para serem relidas, eu as pego leio os primeiros versos e confirmo: EU NÃO TE ESQUECI...

Cartas que guardo que ainda têm o seu perfume.

São só cartas, porém cheias de todo o amor que ainda sinto por ti, mesmo que eu não queira mais sentir...

JÉSSICA ANDRADE
Enviado por JÉSSICA ANDRADE em 14/09/2011
Reeditado em 20/03/2012
Código do texto: T3220025
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