Sem Você

Meu amor, sei que não devia, mas deu vontade de escrever pra você. Não me pergunte exatamente o porque, pois não há como explicar mais um desses meus surtos doentes cheios de digitais suas. É que depois daquela madrugada em que a gente ficou conversando como não conversava á muito tempo, não consegui mais te tirar da minha cabeça. Fica difícil dizer o que sinto, apesar de desconfiar que você ainda saiba ou ainda desconfie que eu continuo a te amar mesmo depois daquele tempo todo. Fica difícil porque não há saídas quando você sabe que a pessoa que você ama anda ocupando a mente com outra pessoa. O que quero dizer é que apesar de querer você feliz, eu não queria que você estivesse com ela. Tudo bem, sei que ela é cheia de qualidades das quais eu não possuo, é cheia de beleza, de personalidade, de simplicidade. Sei que quem olha de longe deve dizer que vocês foram feitos um para o outro. Sei que a gente junto não tem tanta harmonia o quanto você queria que tivesse. Você se lembra de quando parti o seu coração? Se lembra de tudo que fiz pra tentar voltar atrás? Foi tudo em vão, meu anjo. Nós nos perdemos porque eu me perdi pensando que você tinha se perdido. Eu não queria ter feito nada daquilo. Já é angustiante me ver chorando por você, imagina então ver você chorando por mim! Desculpe pelas lágrimas e pelas noites sem dormir. Na época, inconsciente, insistia em dizer que tinha sido melhor assim. Agora, quase um ano depois, eu volto atrás e refaço a minha frase: Sem você não dá, não quero, não posso, não tenho, não vivo. Os dias perdem a graça, as horas perdem a lentidão, os sonhos perdem a magia e os sentimentos se perdem no coração. Não foi melhor assim não. Eu sinto tanto a sua falta que fujo de mim quando dou conta do tamanho do meu amor por você. Já disse uma vez e digo de novo: Quando for a hora, volta. "Porque o nosso amor está acima das coisas desse mundo." E olha bem pra mim, tenho cara de quem vai desistir assim, desse jeito tão fácil, de você? Afinal, de um amor verdadeiro, não se deve desistir nunca.