Carta ao Amor

Escolhi você aleatoriamente – na verdade, sem opção -, mas acho que nem fui eu que fiz a escolha. Simplesmente foi, aconteceu, fez-se meu ar e tomou meus pensamentos sem avisar previamente.

A cada simples rima que escrevo, me apaixono ainda mais, por sentir que você vem gradativamente mais ao meu encontro, à minha mente, aos meus olhos, ao meu ser imperfeito que teve a graça de ser o escolhido para tentar amar-te. Canto também pra lembrar-te. Lembrar da tua voz, da sua alegria, do seu carinho, do seu ser...

Mil e uma demonstrações de amor eu poderia dar, milhares de façanhas eu tentaria fazer pra você se eu já não soubesse que hoje não, mas que talvez, um dia, eu tenha a oportunidade de tentar fazer feliz a pessoa que amo.

O tempo é mesmo um grande impasse, mas creio que nesse jogo de amor, entre lágrimas e sorrisos, entre o pessimismo e a esperança, ele se torne meu maior aliado, - mas não para te esquecer (Nem se eu tentasse), mas sim para esperar por você, para amadurecer e poder provar a você que não temos somente pontos em comum, - mas muito além disso.

O poder da escolha é dado a todos, e comigo não foi diferente, porém, momentaneamente eu só tenho mesmo uma opção: esquecer o que existe aqui dentro, mas não vou fazer isto. Não quero. Seria ainda mais doloroso – como um corte raso na pele. É pequeno, mas dói, arde, muito.

Não dizem por aí, nos ditados populares que “Quando se tem facilmente o que se quer, não se tem o mesmo sabor”? Pois então... Saberei esperar por ti. A espera, a paciência e a compreensão fazem parte de uma relação.

Tomo a liberdade que me é cedida e trago uma linda frase que ouvi e é dela que faço meu alento para esperar por ti. “Dois corpos separados pela vida e unidos pela saudade”, enquanto eu não puder amar-te por inteiro.

PS (Te amo muito e não quero, não vou e não posso desistir de ti. Enquanto houver pelo menos uma amizade ou mesmo um olhar, haverá uma chance, mas enquanto houver amor dentro do meu coração, haverá a certeza de que um dia eu vencerei...)

Paulo Ricardo Pacheco
Enviado por Paulo Ricardo Pacheco em 31/08/2011
Reeditado em 31/08/2011
Código do texto: T3193476
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