O Testemunho de uma "Testemunha de Jeová"
Respeito o direito de moderar os comentários que muitos usam, cada qual por suas razões. Contudo, quem escreve mensagens apologéticas de cunho religioso, onde, eventualmente critica posições que discorda, deve, por uma questão ética, deixar espaço a críticas e opiniões divergentes. Uma vez que digo o que penso, devo oferecer o mesmo direito aos que me lêem. Liberdade, caso discordem. Dia desses uma recantista publicou uma matéria sobre sua crença, Testemunhas de Jeová, que atacava coisas do cristianismo, como sendo falsas. Respondi baseando biblicamente minha visão. Recebi uma tréplica exigindo liberdade de crença e expressão. Era justamente isso que eu estava manifestando, o quê eu creio. Não se tratava disso, (liberdade) mas, do teor de seus textos que discordei, pois, ofendia minha fé chamando de falsa. Ponderei essas coisas, e retornou um email com ataques pessoais, e um “convite” a não escrever mais, obedeci.
Ontem, 10/8 li uma poesia e gostei, fui expressar minha opinião, a “máquina” disse que meus comentários estavam bloqueados, tentei entender; li o perfil da autora, rebusquei meus emails enviados e constatei que era a pregadora. Ela me amordaçou de opinar até em seus poemas, pois me atrevi a rejeitar ser chamado de falso.
Os ensinos verdadeiros nada temem nem têm a esconder; Cristo ensinou publicamente e os seus o imitam. Conheci uns cinqüenta “testemunhas,” e em debates, nunca consegui convencer um, que se pode ser salvo sem ser um deles; mesmo mostrando pela Bíblia que nossa fé é sólida, jamais encontrei um que dissesse, tens razão nisso. Pisaram argumentos válidos como elefantes nos formigueiros, e (segundo contou um amigo cristão que saiu de entre eles) são proibidos de lerem literaturas que não sejam da Torre de Vigia, assim, baseados em quê rejeitam o que sequer conhecem? Será que a doutrina de Cristo é uma cabana de palha que qualquer sopro derruba? Já li livros de todas as crenças, até o Alcorão, ateísmo, auto-ajuda, nada disso abala minha fé. Também Já recebi as críticas mais acerbas, ácidas, tipo, hipócrita, falso profeta, mentiroso, tudo sem crise. Mas, ela, me negou o direito de discordar, mesmo com linguagem respeitosa. Em resumo, ou eu a deixo dizer o que quiser sobre minha fé e calo, ou ela não me permite “ brincar” mais. A seguir, um trecho do seu perfil, de como ela se define:
“Respeito a crença ou descrença das pessoas, pois somos apenas humanos, nem melhores nem piores... só lhe peço por favor mais uma coisa, que me respeite assim como respeito-o”
Se respeitasse nossa crença, daria ao menos o direito de defesa, o que me negou; Se não são melhores nem piores, porque acham que são verdadeiros e nós falsos? Se, gosta mesmo de respeito, deve oferecer. Retirou os textos polêmicos depois de nosso embate, sinal que não era capaz de defendê-los.
Escrevo na UBE, União de Blogueiros Evangélicos, na revista Ultimato, tenho um blog de mensagens e dois de poesias; em nenhum, moderei meus comentários, nem os apago, salvo se vier com palavras de baixo calão, o que, até agora não aconteceu. No RL está tudo aí, se bem que 97% dos comentários são gentis e elogiosos, nem todos são assim, mas tá tudo intacto, podem dizer o que pensam sobre meus textos sem temor.
A custo, não dou o nome da “testemunha,” tal a falta de respeito. Foi isso que Jeová ensinou? Aliás, não é um mandamento Dele, não dar falso testemunho? Esforço-me para ser testemunha de Jesus como Ele ordenou, “tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lhos, essa é a lei.”
Se Jesus não falasse com quem discordava, teríamos muito pouco de Seus ensinos. Se não estamos prontos a conviver com o contraditório, deixemos a tarefa de pregar a quem estiver apto. Desculpem os que me lêem e emprestam tão valioso apoio, se estou alugando-os com esse desabafo, mas, são “testemunhos” como esse que mostram o que cada um é. Parece que foi Voltaire que disse: “Não concordo com uma vírgula do que dizes, mas defenderei até à morte, teu direito de dizeres o que pensas.” Ele pois, deu um testemunho bem melhor já naquele tempo, sem carecer profanar o nome de Deus.