Curioso...
Na terça-feira, 23 de setembro de 1835, às oito da manhã –assim relata o protocolo- um aluno de 17 anos, terceiro ano colegial, prestou seu exame oral de conclusão do curso secundário no Ginásio Frederico Guilherme de Tréveris (Friedrich-Wilhelm- Gymnasium zun Trie). Como ponto de exame foi-lhe solicitado explicar os três primeiros versos do capítulo 14 de João, que reproduz as palavras de Cristo: “Crede em Deus e crede em Mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Eu vou lá e vos preparo um lugar”. Em seguida, foi questionado sobre a imortalidade da alma – um exame sobre a mensagem cristã do chamamento divino do homem e sua morada eterna junto de Deus, uma questão de exame que um professor evangélico de religião não podia formular de modo mais acertado, mesmo que ele tivesse entrevisto o rumo de vida e a importância daquele formando secundarista para a história do mundo-.Pois o rapaz de dezessete anos não foi outro senão Karl Marx, o fundador do materialismo dialético, para o qual não existem moradas eternas.
Levará a ideologia marxista à alienação própria do homem?