A CARTA
Certa vez , ao vasculhar uma gaveta,encontrei uma carta que me tocou profundamente. Ela dizia assim:
“Meu amor, diferente de você, eu não acredito em outras vidas para vivermos esse amor. Um amor que para mim parecia infinito. Eu não cria na frase “para esquecer um amor, só outro amor”, até te conhecer. Levei mais de uma década achando que meu coração nunca mais seria tão ingenuamente arrebatado.
Infelizmente, me doei. Fechei os olhos e como num salto, me joguei num abismo, sem saber onde ia cair, sem medo ou qualquer receio. E assim, sem esperar, o amor novamente aconteceu . Sentia que éramos um, pois me entreguei sem vacilar, e embora nunca tivesses possuído meu corpo, minha alma era toda sua.
Os desencontros foram inadiáveis e como um triste filme de amor, a separação aconteceu. Do meu beijo, talvez você nem se lembre, mas carrego comigo a primeira vez que olhei apaixonadamente em seus olhos.
Esse amor vive ainda em meu coração, como uma farpa. Ele me machuca noite e dia. Quem sabe um dia poderei esquecê-lo? Quem sabe? Rezo para que esse dia chegue logo, porque por enquanto , ele continua bem vivo dentro de mim."