Seria um comentário*
Acredite. Era para ser um comentário.
Não deu. A complexidade do seu texto deixou-me zonza.
E. além do mais, um comentário sucinto, jamais seria honesto com a beleza do que li. São vísceras à mostra. E deve ter sido sofrido, intensamente sofrido, escrevê-lo. Porque por mais que finjamos, o que escrevemos é a nossa verdade e o nosso sentimento do momento. Concordo com você, quanto ao Morpheu. Ficou sem espaço e seus braços perderam a elasticidade porque nem todos sonham o lúdico. Creio que a maioria dos sonhos trama entre o bem e o mal. (Haja braços, Morpheu!) Acredite, novamente. Li, ene vezes. E a minha conclusão é que você roeu até o último ossinho para deixar à mostra um cansaço exaurido. Cansada de se cansar, remenda regras em vez de quebrá-las. Cheia de se danar,
sugere transbordamentos. Vasto mar, vasto oceano! Azar de quem não te foi
em ene momentos exatos... não captou a sua essência. Dormiu demais ou morreu na praia?
*Esta carta refere-se ao texto,
Eu Oceano, da escritora Rose Stteffen