Num canto escuro, conversando sozinho.

Num canto escuro, conversando sozinho.

Falar dos meus medos é como te entregar um troféu...

É colocar meus sentimentos numa bandeja de prata e servi-los como prato principal em seu banquete. É te entregar todas as chaves da minha privacidade, eliminando todas as minhas tentativas de reconciliação com sentimentos que a muito eu tento manter contacto.

Falar dos meus temores é despir minha alma, da vergonha de ser este Homem, de não ter a capacidade de ter você comigo...

Lutar comigo mesmo, tentando entender, por que, te escondes do amor, quando fechei as portas do meu mundo para tudo que tem a ver com paixão, é esconder de mim mesmo, que tenho medo de me entregar a alguém novamente e chorar nos braços que afagarem minha tristeza, minha dor e minha falta de desejo!

Falar dos meus medos é ter vergonha de admitir que a bastante tempo, já não sei mais o que é o sabor de um beijo e o calor de outros lábios... Não por falta de alguém, e sim por estar esperando ‘o alguém’ especial, aquela pessoa que me faça tremer, que me faça sentir um arrepio maior do que já senti um dia. Enfim, meus lábios estão selados à sua espera.

E te faço declarações, onde apenas tua imagem me aparece na mente,

Mas te confesso e sem ter resposta, depois de algum tempo adormeço,

Num canto escuro e frio do quarto...

N.E.O.Q.E.A.V.