CARTA ENGARRAFADA

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Hoje colocarei esta mensagem na praia do desgosto. Minha boca está amarga, meu coração apertado e meu alquebrado corpo fragilizado.
Sabia que sucumbiria vez em quando, pois sempre soube que voar é para pássaros e seres alados!
Entretanto voei novamente. Sabia ser impossível, mas julguei sonhar. Ouço um pesadelo a gritar horrendas cenas de um livro (NUNCA LHE PROMETI UM JARDIM DE ROSAS) e eu aqui... Chorando em dedilhar imperfeito, minhas nuances de bordados mais imperfeitos ainda!
O telefone não tocou. Você mentiu você roubou... E escutei minha SAUDADE.
Há um por que. Há um pois. Há vários “no entanto” e “porém” e... Ora esqueço, ora lembro!
Esperei muito e mereço ser alegre.
Estou preparada para a vida, por isso não ficarei desesperada.
Você me ajudou muito; terá, pois, sempre a minha gratidão?
À medida que as horas passavam mais dores sentia. Vim aqui para que você ficasse feliz.
Para que ao avistar essa carta, saiba que não desci do palco ainda. Quis lhe avisar antes.
Quando as cortinas se fecharem, a sobrinha avisará!

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"Yo no creo en las brujas, pero que las hay, las hay"

INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 10/07/2011
Reeditado em 23/05/2013
Código do texto: T3087534
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