[....................................]

Quando a lua, do céu cair

Quando a última gota do mar secar

Quando a estrela mais bela perder seu brilho

Quando eu não mais existir...

Então saberá que um dia eu te amei...

Amei tanto que cheguei a me perder de mim mesmo para tentar te encontrar...

Hoje a certeza de que não tenho mais porque me iludir com tuas mentiras é reconfortante e ao mesmo tempo dói tanto...

Suas mentiras para mim eram como como espinhos, espinhos que insistiam em me ferir e nunca saravam, mas ao mesmo tempo eram tão doces, como rosas em um campo seco e sem vida, elas escondiam tudo aquilo de ruim... Davam-me uma falsa sensação de paz.

Isso é tão confuso...

Uma hora te quero tão longe quanto os Martírios da vida, outra tão perto quanto o ar que respiro...

È estranho o fogo que queima e arde aqui dentro, e por mais incrível que possa ser, meu coração mesmo tão frio quanto o gelo e tão duro quanto o diamante, consegue senti-lo...

Por isso eu te odeio tanto...

Porque por mais que eu insista em te odiar... Mas tenho a certeza que te amo... E estou cansado de te amar, pois te amar é sinônimo de dor e sofrimento, um sofrimento que não estou disposto a correr, já sinto tanta Dor sem te ter ao meu lado, que se a tivesse... Juro que não sei se iria conseguir sobreviver a tanto sofrimento...

Já procurei em tantos olhos os teus

Mas em nenhum encontrei aquele brilho especial

A vida que está estampada neles é tão intensa...

Chego a ter inveja dessa tua vontade de viver...

Juro que não sei porque estou escrevendo esta carta, acho que só para amenizar a dor e o desespero que me consome por inteiro, ou talvez para tentar esquecer as lembranças que sempre me levam a você - e nem mesmo assim consigo esquecê-las-.

Estou imerso no doce aroma que o passado me traz...

É tão puro e sublime, mas tão sombrio e tenebroso

Traz-me dor e alegria

Enche todo o meu ser de vida...

Só para depois tirá-la

Quero que saiba que mesmo quando os meus olhos não aguentarem mais ver, quando meu corpo se cansar de sofrer e minha alma resolver descansar um pouco, quando meus lamúrios não passarem de ecos no fim desta peça da vida... Quando tudo disser que não... Saiba que ainda estarei a pensar em ti... E te amarei no silencio vindouro do meu peito, que sob a aurora descansará em paz...

Quando a última lágrima cair dos meus olhos

Quando os mesmos perderem o brilho - que parece estar mais fraco a cada dia -.

Quando meu leito for o sepulcro

e o céu estrelado meu teto...

Quando do meu corpo os vermes se fartarem...

Quando os meus chorarem minha ausência, quando o vento frio levar embora minha alma para o infinito...

Quando meu jardim da vida murchar...

Aí saberei que esta carta chegou em suas mãos

Saberei que já terá lido cada linha aqui posta

E choraras tantas lágrimas quanto eu chorei....

E sei que as minhas palavras darás um titulo...