Religião e Mídia
Na tarde de domingo (24/01/2010), tive a oportunidade de ouvir um debate na TV Brasil a respeito do tema a Religião na TV . Como evangélico de nascimento, envie minhas impressões em torno da discussão, das quais tive o retorno respeitoso. Veja abaixo:
1. Algumas verdades foram comentadas: Há curas, milagres acompanhados de certa onda de marketing; Uma espécie de guerra, sob a expressão demonismo;Um mercantilismo da religião, dentro dos movimentos neo-pentecostais, que na verdade, desde a década de 90, a Igreja Evangélica Brasileira sofre com a chamada Teologia da Prosperidade, a qual também varreu os Estados Unidos por volta da década de 80. Daí, advém os escândalos...E as Igrejas tradicionais, faltou ousadia, para de forma respeitosa, combater os ensinos errôneos, considerando que nossa base de Fé e Regra cristã, são as Escrituras.
2. Outros pontos, como: Espaço equitativo para todos os segmentos religiosos na mídia, neste aspecto, prevalece o poder econômico e quem se arroja pagar por isso; não se admitir ministrar a Palavra, visando a Evangelização, sendo a TV um instrumento de comunicação de massas, é querer rascar a Constituição Brasileira, no que se refere a liberdade de culto e crenças, no país. O esforço da Igreja para está na mídia, diga-se de passagem, é muito caro e não faz o menor sentido, senão a Evangelização. E a própria Mídia, que reconheça ou não, precisa do Evangelho Cristocêntrico para salgá-la, pois se encontra em estado moral deplorável.
3. A visão antropocêntrica da religião como cultura, focada no debate padece e muito de uma compreensão mínima do “Mundo Espiritual”. Eu como evangélico que sou, tenho minha base de fé e crenças. E por ela sou regido. Tenho um “norte” em quem deposito fé, a que dou crédito. E qualquer um, em nossa pátria ou fora dela, tem suas fontes de crenças na dimensão transcendental. A questão é: Que fontes são essas? Serviu para que ao longo de suas histórias de vidas?Há povos que desconhecem o Evangelho de Cristo e estão cultuando a animais, a natureza, insetos, assassinando filhos aos seus deuses, jogando-se sobre árvores, mutilando-se em seus cultos. Estes comportamentos doa em quem doer, revelam ignorância da Verdade. E são nossos semelhantes. Reconhecendo em Cristo, a verdade de Deus aos homens, doe na alma.
4. Nesse sentido, o Evangelho de Cristo é uma contra-cultura. Quando a igreja cristã envia missionários aos povos não alcançados, o foco são as almas. Respeita os costumes, as crenças, porém leva Boas Novas de salvação. A missão é anunciar a Cristo, a luz do mundo, pois quem o segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. E qualquer cultura, seja ela de onde for, tenha a idade que tiver, de pobres ou ricos, traz consigo a mancha do pecado.
5. Então, o que precisa ser combatido na Mídia não é pregação do Evangelho, ainda que com algumas distorções. E sim, a malícia das novelas, seus maus exemplos, o nudismo, a promiscuidade, a venda do corpo com objeto de consumo, a violência real e a de ficção exploradas exaustivamente, o consumismo degradando nosso habitar...etc.
6. Há um espírito de democracia no debate, por uma expressão religiosa laica. Faz sentido. Deus abençoe a todos.
Recife, 29 de janeiro de 2010.
Samuel P M Borges