Andanças (as minhas!).

Nunca tive ídolos, alguém que eu

quisesse ver em meu espelho.

Nunca quis que alguém medisse

meus passos;

Gosto de todos, mas prefiro os que

caminham, não só, por si.

Eles assumem os riscos!

Sou pobre, mais que a maioria das

pessoas.

Minha pobreza não se dá por prazer,

mas por necessidade e convicção.

Não posso ser considerado como

pessoa boa, mas já encontrei boas

pessoas com poucos escrúpulos;

Por algum tempo alimentei suas

vaidades e egoísmos.

A existência destes não me deixou

triste, entristeceu-me a percepção do

prazer deles em serem saciados,

mesmo quando não tinham a menor

necessidade do meu auxílio.

Não pretendi mudá-los, só quis ver

o quanto podemos ser diferentes.

Eu estive lá e pude ver, mas não pude

fazer nada!

Não se consegue proteger ninguém

de si mesmo...

Julho de 2011.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 02/07/2011
Reeditado em 04/07/2011
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