Do túmulo a sobrevivência.
Parte I
Do túmulo a sobrevivência.
Sabe quando tudo parece acabado?
Quando não encontramos mais motivos para sorrir; quando deitamos para dormir estagnados pelo cansaço e permanecemos como mortos-vivos sobre uma tábua fria; quando não temos apetite, porém só comemos para saciar a ansiedade; quando a infelicidade decide ser sua companheira fiel.
O direito ao erro.
Às vezes tomamos atitudes sem nos darmos conta dos possíveis reflexos, sem saber como seremos perpetuamente estigmatizados, em como deixaremos aflorar a dor, causar chagas. Fincá-las em outrem;
Sim tomei uma atitude errada. Leviana! A tomei por entre tantas outras palavras adequadas, o “medo”. Principalmente o medo de romper com as amarras da idiotice, da rotina e da insegurança.
Outro viés?
E até ontem,
Culpava-me por minha postura (aliás, ainda me culpo);
Chorava por qualquer melodia, por cada música que eu passava a considerar “nossa”;
Insistia em não ver os finais felizes de comédias românticas;
Lamentava-me em não ter as mãos dadas, pelo dias de abraços não tidos;
Pela distância ou ausência;
Por sua recusa em não responder: um e-mail, mensagens em off.
Mesmo não sabendo se lia as “tentativas de rima” no perfil unicamente criado para expor um amor intangível,
Em sempre fingir que eu não existia mais, resisti impacientemente...
Até ontem!
Quando ela leu meus escritos desesperados e de alguma forma encontrou uma maneira de respondê-los.
Respondeu exaltando um relacionamento que com suas próprias palavras são definidas em: amizade, confiança, companheirismo e agradecimento.
Mas Cadê a necessidade, vontade, desejo, e, sobretudo, o AMOR?
A propósito, confesso que meus escritos não tinham mais a esperança de se fazerem vivos, de serem lido pela mais incrível criatura desse planeta.