E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
((FlorBeLa EsPanCa))
°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°
Deito as lágrimas-da-espera nestas páginas.
Elas querem gritar da incompetência que tenho
Em suportar tua ausência constantemente presente...
Penso nos versos e nas horas de conversa;
Penso no brilho dos teus olhos...
...e nos cílios volumosos que os ornam...
Penso que momentos não retornam
Para trazer à tona novas esperanças...
Então, me arrependo...
- Por que eu nunca aprendo
A ser mais mulher do que menina?
E enrolo entre os dedos
Os cabelos dourados que s'enrolaram
Entre os dedos... os teus...
E uma bruma cheirosa me envolve
Revolvendo nas profundezas da memória
A nossa linda história de amor
Que vivia do olor das almas apaixonadas
E das irremediáveis juras de paixão eterna...
Mas, que ora, é luto... morta história...
Onde estás, homem?
Não te encontro mais em teus olhos...
Onde estás, menino?
Nos teus risos há um velho calado...
E meu coração bate abalado
Pelo teu coração outrora tão meu...
Então, me arrependo...
- Por que eu nunca entendo
Que há um final envelhecido para tudo?
E observo as velhotas
Saracoteiam com suas saias de chita
Fazendo fita para olhos desinteressados...
E penso nos jardins amarrotados
Pelo invernal tempo de recolher...
- Só pode ser!
Estás no inferno-inverno de teu tempo, homem...
Estás vestido de apatia para tragar o clima
E transformá-lo em fantasia...
Decerto, a mesma que brilhava em teus olhos
A qual cantava com teus lábios...
Então, não me arrependo...
- Porque agora entendo
Que o inverno congelou teu sorriso.
Só isso.
°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°
* (CarTa)RsE - CarTa PoéTicA.