Carta de um suicidio que não aconteceu.

Eu não sei o que estou fazendo. Eu não sei o que eu quero neste exato momento. Não sei se estou certa da minha escolha ou se ela é apenas consequência da mina mente confusa. Eu realmente não entendo. Eu sei que o meu desejo verdadeiro não é morrer, eu disso tudo, apenas desejo que o q estou sentindo agora desapareça. Talvez para isso eu tenha que desaparecer também.

Espero que algum dia vocês sejam capazes de me perdoar por todo o sofrimento que causei, quem sabe se conseguirem fazer isso será menos sacrificante para vocês e para mim também. Mesmo eu sabendo que nem eu terei corajem de me perdoar. Não quero que se culpem, e nem que tentem encontar culpados, sou a única culpada, eu tomo as minhas escolhas e tenho autonomia para executa-las. Eu fui fraca, eu fui a covarde. Mas por favor não me vejam assim, eu tentei, cheguei no meu limite, e ele não suportou tanta pressão da minha parte.

Me desculpe por fingir estar tudo bem, por afirmar que eu estava superando, me desculpe por mentir. É que eu não suportaria um novo fracasso.

Eu não quero que sofram. Somente sejam capazes de me perdoarem, e se não puderem o sofrimento nunca vai passar. Não sei o que me espera dou outro lado, se a morte é o que as religiões falam, se existe vida ou não. Torço para que a minha lma desapareça com o meu corpo, que eu de fato me torne pó.

Porqu se existir vida, eu nunca poderei me perdoar por fazer-te sofrer minha amada mãe. Pois eu jamais poderei me sentir em paz, com o peso de saber que as tuas lágrimas serão enternamente incessantes. E porque eu nunca saberia viver em outro lugar, outra dimensão ou seja o que for, sem ter a tua presença.

Pois você é a pessoa que eu mais amo no mundo. E que eu sempre quis ver feliz. Perdão.

JÉSSICA ANDRADE
Enviado por JÉSSICA ANDRADE em 21/06/2011
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