Masturbação de Mulher
Numa certa tarde de quanta feira, a casa estava deserta e a chuva persistia em escorrer pela vidraça da janela.
No quarto, meus companheiros eram a caneta e o papel.
Deitada na cama, eu tentava escrever uma carta de amor para você "meu" homem.
Cada palavra escrita amontoava-se no canto do chão, as palavras fugiam de minha mente quando tudo o que eu, realmente, queria era está nos braços de meu querido.
Então foi quando de repente, os pensamentos começaram a surgir.
No leito, um cenário.
A caneta foi percorrendo, com calma, descobrindo cada detalhe de minha boca,
Das coxas,
Dos raios e trovões,
O que eu sentia era calafrio,
Minhas mãos ávidas, buscando passagens secretas,
Desejo louco que crescia mesmo sem te ter.
Tudo lá fora alagava,
Tudo aqui dentro inundava,
Caneta gozada,
Queimava minha alma,
Quando enfim cheguei ao ápice do prazer por pensar em escrever,
Peguei o papel em branco,
Limpei-me,
Dobrei,
E no envelope, enviei pra você.