Por do sol de um amor


Meu amor,


Embora, eu espere a turquesa rebrilhar por trás das margaridas, folheando no balançar sereno da brisa, este altar onde frutifiquei a mais densa união dos meus desejos, são presumíveis. Entretanto, não há outro horizonte onde o teu olhar possa vislumbrar outro céu. Eis a razão de permanecer contigo da mesma forma como o sol ofusca na terra.

Peço-lhe que não interrompa no entardecer o prestígio das gotículas que orvalhara no silêncio. Ainda que tardia as minhas argumentações frágeis e descompassadas no equilíbrio das intenções, e não vigoradas no amor, eu te amo.

Saiba que o meu desejo lapida os teus pés. E por isso, estou aqui presentemente para abnegar as descortesias que germinaram no ocaso das turbações da minha visão e supostas meditações peculiares do ser humano.

Venho com as mãos vazias e totalmente abandonadas pelas interações sufocadas de mais um dia que não volta mais. Porém, eu trilho na mesma zona do calor que assobia nas raízes do teu belo corpanzil, aspirando às melhores luzes dos meus olhos para deleitar as cartilhas da aclamação. Sei-o profundamente o quanto é primordial alavancar fidúcias e esperanças no desenrolo de uma pequena afeição.

Eu só quero o estandarte hasteado no cume de nossas aspirações, onde os sonhos são as mais deleitáveis expressões de uma constelação repaginadas pelas tuas doces pupilas. E que possivelmente, chamejam no despacho adesivo dos beijos insanos. Cujo local onde me perco na peleja dos abraços sedimentados e furiosamente nas ondas dos teus cabelos.

É nesta hora, que a ânsia dos apetrechos se apresenta na barra dos horizontes, pisando no ângulo mais hipertenso das nossas vibrações, proporcionando o embalo açucarado e infinito desse imperdível sentimento.

Meu amor, eis a minha despercebida hora em que o tempo não espera, e o entardecer faz o futuro amanhecer na tua fisionomia que eu te quero muito mais. Não me leve nas asas dos sonhos perdidos e ilusórios, além disso, a estação não pode prosperar sem que possamos abrir o mesmo caminho. Por favor! Abra o bilhete desta passagem em letras, leia com os vossos olhos os devidos pingos de tristeza que derramaram no meio do mar. Rápido. Antes que se torne um deserto no coração.

Além disso, espero a turquesa rebrilhar por trás das margaridas, pois, se houver um caminho com espinhos, tão logo, no despertar da alvorada, os pássaros nos ninhos, farão das pétalas quebradas e lançarão no jardim inabitado do desamor.

E nesta última linha, segue a mais nobre expressão - Eu te amo.


Mil beijos,



ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 19/06/2011
Reeditado em 29/09/2011
Código do texto: T3044923
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