CARTA A NINGUEM

Ao longo de uma caminhada através de estradas de cravos e espinhos, consegui tirar proveito de exemplos que a vida dá e que acompanhei vendo e passando.

Nestes longos anos consegui, principalmente no amor, ser amado por muitas e muitas não conseguiram ser amadas por mim.

Passaram-se anos e descobri o amor, aquele que faz com que se perca a razão, sem medidas de conseqüências, o que requer entrega total, causando vivência direta à pessoa amada.

Paramos, pensamos e recordamos toda a vida. Nos entregamos sempre sem reservas à pessoas que não sabem valorizar um amor que traz a paz, a harmonia e entrega total.

Se nos limitamos a passar pela vida sem algo que nos dê razão de existir, não vivemos e sim nos arrastamos em busca de alguma coisa ou de alguém que nos proporcione emoções diferente de tudo aquilo que já sentimos.

O amor é interessante, pois, quando o temos, através de atos e fatos, procuramos demonstrar à pessoa amada e a pessoa amada despreza.

Quando amamos sempre procuramos demonstrar a cada minuto, segundo, através de gestos e ações para com a pessoa amada.

É triste quando nos entregamos a outro ser e sempre estamos a pedir, implorar tudo o que o amor exige: beijos, carícias, carinhos e atenção.

Não é somente na cama que temos o amor. Na cama é o amor carnal que prevalece e este não é o amor sem interesse é o finalmente do cotidiano demonstrado em minúcias no decorrer do dia através de demonstrações de carinhos deixadas transparecer a quem amamos.

Não tenho, sei que não terei, a mesma dedicação através de demonstração com palavras, atos e fatos que a ti sempre dediquei.