Com o tempo...
descobri que já não posso mais conter meus pensamentos, calar os meus sentimentos. Não dá para viver muda.
Posso ser ingênua, louca, deprimida, maluca, obsessiva...
Posso ter todos os defeitos, nenhuma qualidade, vários vícios, nenhuma vantagem. Ainda assim, seria humana. Incompleta, irracional, melancólica, sofrida...
E essa carta, de que tratará?
Não sei. Mas dedico essas poucas palavras, aos meus amigos, e meus inimigos... A eles escrevo. A eles... Somente, ilusão de um dia ter vivido, de ter querido o que não se pôde ter. De ter alcançado sonhos desmerecidos, e perdido aqueles que valeriam a pena.
Carpe Diem, um amigo pode me dizer. Eu posso seguir, se eu bem querer... Como viver? Como morrer? Como duvidar, acreditar? São palavras que calam, que machucam, que cegam olhos que não querem acreditar naquilo que é real, daqueles que querem viver de ilusões, e sonhos perdidos!
Posso perguntar onde perdi meus sonhos, onde semeei outros, e quando será que conseguirei reorganizar tudo que baguncei? Conseguiria? Posso não saber, mas não custa tentar.