bilhete suicida # 48
Essa noite mais um vez eu acordei gritando sozinha em meu quarto, cansada dos remédios sem efeito, dos livros de terror e fantasia, das músicas sem conteúdo que não me dizem nada a respeito da minha vida. Do ritmo descompassado que rege as batidas do meu coração. Eu tenho milhôes de arrependimentos e nada a que pedir perdão. Nada a me segurar, a que me agarrar sem escrúpulos, apenas contingências cotidianas das quais eu posso facilmente me livrar.
Novamente curto de forma pertinente.