SARA BELÍSSIMA
Encontrar-te, e repentinamente, em uma loja comercial, divinamente sendo iluminada pelos anjos puros, foi-me uma surpresa indubitavelmente sublimada... Mas eu não queria impressionar-lhe, nos cálidos sentidos, de forma eufórica, pela problemática de que sou um artista polivalente...
Não pretendo com esta carta, de forma alguma, usar dos meus atributos poéticos para desvelar-lhe que fiquei muito entusiasmado com a tua beleza européia; a qual mexeu profundamente com o meu ser de artista maduro... Sei, haja vista, que também não posso alimentar qualquer tipo de relacionamento afetuoso entre nós dois, pois somos muito diferenciados no que tange as nossas idades: você é jovem e belíssima; eu um artista cinqüentão!
No entanto, não poderia deixar passar em branco este momento sentimental que principio em meu aparelho mental; julgando, com clareza, que ainda sou capaz de me apaixonar por uma mulher sendo, sobretudo, fascinante... Mas, por favor, não me julgue indevidamente; pois não estou tentando lhe passar uma sedutora cantada: mesmo porque uma mulher do teu porte físico escultural jamais poderia deixar de ter o seu homem certo e amoroso (com idades compatíveis), para abrilhantar ainda mais as tuas noites de invernadas...
Não posso omitir uma das verdades deste texto, pois o escrevo no intuito de acrescer mais duas páginas a um livro de cartas; que estou a fazer...
Mas de modo algum a estou usando para alimentar a minha inspiração cotidiana e, com isto, preencher mais uma lacuna literária na minha vida artística: estou te escrevendo esta carta para dizer-lhe que fiquei impressionado com a tua beleza e com a tua simpatia, e que gostaria, sim, de conhecer os teus encantos com mais sapiência...
Fui casado com uma carioca lindíssima, em Copacabana, por onde eu vivi e desenvolvi as minhas artes (período este que durou uma década)... Depois que me separei, fiquei tentando esquecer o meu grande amor com outras mulheres; mas nunca consegui uma que me valesse os desgostos... A minha ex-esposa acabou por tornar-se o meu mito e a minha musa inspiradora... Mas o nosso tempo já acabou...
Confesso que gostaria de acreditar que uma mulher belíssima como você, e ser Sara, pudesse, milagrosamente, interessar-se por um artista vanguardeiro e, digamos assim, sutilmente amadurecido: estou pouca coisa fora de forma; mas um novo grande amor me levaria à musculação, sem eu ter que pestanejar... Amar uma mulher como você seria a idealização de uma obra de arte a qualquer artista...
Sonhar não custa nada, a não ser despertar sem o objeto desejado (isto é psicanálise – Lacan)...
Encontrar-te, e repentinamente, em uma loja comercial, divinamente sendo iluminada pelos anjos puros, foi-me uma surpresa indubitavelmente sublimada... Mas eu não queria impressionar-lhe, nos cálidos sentidos, de forma eufórica, pela problemática de que sou um artista polivalente...
Não pretendo com esta carta, de forma alguma, usar dos meus atributos poéticos para desvelar-lhe que fiquei muito entusiasmado com a tua beleza européia; a qual mexeu profundamente com o meu ser de artista maduro... Sei, haja vista, que também não posso alimentar qualquer tipo de relacionamento afetuoso entre nós dois, pois somos muito diferenciados no que tange as nossas idades: você é jovem e belíssima; eu um artista cinqüentão!
No entanto, não poderia deixar passar em branco este momento sentimental que principio em meu aparelho mental; julgando, com clareza, que ainda sou capaz de me apaixonar por uma mulher sendo, sobretudo, fascinante... Mas, por favor, não me julgue indevidamente; pois não estou tentando lhe passar uma sedutora cantada: mesmo porque uma mulher do teu porte físico escultural jamais poderia deixar de ter o seu homem certo e amoroso (com idades compatíveis), para abrilhantar ainda mais as tuas noites de invernadas...
Não posso omitir uma das verdades deste texto, pois o escrevo no intuito de acrescer mais duas páginas a um livro de cartas; que estou a fazer...
Mas de modo algum a estou usando para alimentar a minha inspiração cotidiana e, com isto, preencher mais uma lacuna literária na minha vida artística: estou te escrevendo esta carta para dizer-lhe que fiquei impressionado com a tua beleza e com a tua simpatia, e que gostaria, sim, de conhecer os teus encantos com mais sapiência...
Fui casado com uma carioca lindíssima, em Copacabana, por onde eu vivi e desenvolvi as minhas artes (período este que durou uma década)... Depois que me separei, fiquei tentando esquecer o meu grande amor com outras mulheres; mas nunca consegui uma que me valesse os desgostos... A minha ex-esposa acabou por tornar-se o meu mito e a minha musa inspiradora... Mas o nosso tempo já acabou...
Confesso que gostaria de acreditar que uma mulher belíssima como você, e ser Sara, pudesse, milagrosamente, interessar-se por um artista vanguardeiro e, digamos assim, sutilmente amadurecido: estou pouca coisa fora de forma; mas um novo grande amor me levaria à musculação, sem eu ter que pestanejar... Amar uma mulher como você seria a idealização de uma obra de arte a qualquer artista...
Sonhar não custa nada, a não ser despertar sem o objeto desejado (isto é psicanálise – Lacan)...