Cartas à minha Filha - Isis - 10/11/2010
Rio de Janeiro, 10 de novembro de 2010. Quarta-feira às 12:55.
Menina, você está crescendo a uma velocidade incrível. Às vezes te olho e vejo o meu bebezinho que acabou de nascer e outras te acho tão grande que parece que nem percebi o tempo passar. Você dança, diz não, sorri, chora para não dormir no berço, faz gracinha com a boca e me abre o sorriso mais sem vergonha do mundo quando acorda em meus braços.
Se há algo que vale muito a pena nessa vida, é ser mãe, a sua mãe.
Não dá para explicar. É como sentir o peito pequeno de tão grande que é o bem que há dentro de mim.
Quando você está ao meu lado tudo ganha mais sentido e me sinto culpada quando estou longe. Até para ir ao teatro com o papai. Parece que te deixar virou um crime, mas sei que tenho que fazê-lo para o seu bem, para que assim crie independência e também para a saúde de nossa vida conjugal, afinal para sermos uma boa família e unida, precisamos nos entender e atendermos às necessidades de todos, sem sacrificar ninguém. Quando cada um cede um pouco, o todo fica feliz.