Carta a um demônio

Meu Caro Demônio

Por que mostra-me tua face mais doce, quando sei que não és assim?

Serei eu a escolhida, destinada para amansar a fera que reside em ti?

Ou apenas joga com o destino, manter-me entre o labirinto de teus pensamentos, ocupando-me lentamente os pensamentos, desejando minha alma com tanta aflição que posso sentir a dor que lhe vai a alma.

Sua docilidade intriga-me, porque sei que és fera, pronta para o ataque, para lutar até a morte se necessário, mas sua unica luta agora, e contigo mesmo, sendo eu tua aflição, teu receio, porque parte de ti deseja-me ardentemente e a outra odeia-me, como se pudesse feri-lo.... impossível, jamais faria isso, porque mesmo sem querer és meu amigo, embora eu mesma saiba os riscos, não deixaria você.

Não temo você, e você não deveria me temer, porque por um segundo fomos um só, e assustei-me com tanta dor.

Hoje eu sei, sou seu maior desejo, sua maior batalha.... porque ainda não sei....

Mas estarei sempre aqui a sua espera, no limite de dois mundos, por que sei... que um dia irá voltar, para terminar o que começou, invadir minha alma, meu coração, e nesse dia estarei pronta, para ensinar-lhe o sentido da palavra amor, por isso, nada tema quero-te apenas bem, e espero que finalmente a docilidade vença a fera que reside em você... sei que pode me sentir... como sinto você nesse momento e é nisso que encontro meu consolo, na espera de que um dia aprenda... que também és capaz de amar...

Cuide-se

Saudades eternas.

Condessa Drakon
Enviado por Condessa Drakon em 20/05/2011
Reeditado em 01/06/2013
Código do texto: T2982827
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